quarta-feira, dezembro 27, 2006

Bolo-Rei

O bolo-rei é uma coisa que se encontra em vias de extinção; em primeiro lugar porque já ninguém sabe a verdadeira historia por detrás da confecção desse bolo; e segundo porque ninguém com menos de 30 anos gosta de bolo-rei. Odeiam mesmo tal coisa. Este último facto não é nada que eu esteja a descobrir porque é mesmo bastante lógico. A um bolo que era já mau, com aquela massa maçuda e horrível, conseguiram juntar uvas secas, vulgo passas; e como se isso não bastasse ainda foram cristalizar frutos para os dispor por cima e também dentro do bolo.
Dando-se assim origem ao bolo-rei, a “iguaria” mais detestável de sempre.

Devo acrescentar que me consigo lembrar de 2 coisas piores que o bolo-rei, são os espargos e a couve-flor, mas estas não têm muito a ver com o Natal. Fica o aviso.

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segunda-feira, dezembro 25, 2006

Natal...

Há muito para falar sobre esta época de júbilo para todos, ou quase todos.
Devo começar com um desejo de feliz Natal, embora ligeiramente atrasado, a todos os leitores do purainsanidade.
Está agora na hora de dizer mal que, eu sei, é o que vocês realmente querem ler.
O primeiro tópico é a televisão no Natal. Refiro-me aos canais generalistas que são os que mudam a programação em ocasiões especiais e assim, começo pela TVI. Foi o único canal que não exibiu filmes à noite, aparentemente seria uma novidade refrescante em relação à concorrência, mas não, pois transmitiram telenovelas. Mas não foram simples novelas, foram de facto novelas mas com carácter cinematográfico; quem é que perdeu os “morangos com açúcar” na sua fase “sozinho em casa” com os rapazolas a fugirem, ao mesmo tempo que pregavam partidas a uns bandidos muito idiotas vestidos de pai natal. Reparei também num remake de um filme da disney muito antigo que costuma dar de manhã nesta época sobre o espírito do Natal, onde a personagem má sonha e recebe a visita das outras personagens que dizem que ele tem que mudar para ser feliz, etc.
Passando para a RTP2 pouco há a dizer. Passaram um dos seus tradicionais desenhos animados com bonecos de plasticina que não falam. Não sei sobre o que era a história mas também ninguém deve saber, porque duvido mesmo que alguma pessoa veja tal coisa.
A SIC passou..... Vejam lá se adivinham....é verdade foi mesmo o “Shrek”; se bem me lembro, pelo terceiro ano consecutivo. Espero, porque não vi, que ao menos tenha sido o segundo filme do Shrek.
Por fim a RTP1, para o espanto de ninguém passou a película do “Harry Potter” volume III; o que acontece pelo quarto ano consecutivo, parece-me. Situação que nem é má de todo porque ao menos os filmes vão mudando de ano para ano.

Há mais coisas más na televisão e não só, nesta época que gostaria de partilhar convosco, infelizmente o tempo de antena escasseia, que é o mesmo que dizer que o texto se começa a alongar, portanto dou o Post por terminado sem deixar uma palavra de aviso e precaução para filmes como “Tomb Raider” e “Perfume de Mulher”, que vão de certeza passar na TV por esta altura.

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domingo, dezembro 24, 2006

Estacionamento gratuito em quadra natalícia

Inventei uma nova maneira de se poder ir ao centro comercial Amoreiras de carro sem se ter problemas de estacionamento durante esta quadra natalícia. É fácil:

O leitor só tem de vir da margem sul em direcção a Lisboa, atravessar a ponte 25 de Abril, virar em direcção a Marquês de Pombal/Centro e seguir como se realmente quisesse ir até à rotunda do Marquês. Assim, ao chegar perto das Amoreiras será confrontado imediatamente com uma fila de trânsito de proporções inimagináveis. Para ajudar, existem cerca de 25 a 30 semáforos que apenas exibem a luz verde durante uns 8/9 segundos pelo caminho.
Simplesmente escolha a faixa da esquerda e posicione-se na mesma, sempre como se realmente quisesse dirigir-se à rotunda do Marquês. Passe o primeiro semáforo. Pronto, agora sim, o trânsito está caótico e há uma dúzia e meia de condutores desvairados a mudar de faixa. Desligue o carro. Pegue na carteira e telemóvel. Saia do carro. Tranque-o. Dirija-se a pé até às Amoreiras.
Pronto! Problema resolvido, apenas tem de vir avançar um pouco com o carro a cada três quartos de hora, pois é o tempo aproximado que demora a poder andar 15 metros até ao próximo semáforo.
Boas compras!
Bom Natal para todos!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Banco Alimentar contra a Fome

Há coisa de umas semanas houve, pelos estabelecimentos comerciais portugueses, um surto de iniciativas que diziam respeito ao banco alimentar contra a fome; eram portanto rapazes e raparigas, homens e mulher que pediam comida aos transeuntes.
Até aqui tudo correcto, muitos elogios, é uma iniciativa de grande valor. Ainda assim sou tentado a concluir que as pessoas que ali representam o banco alimentar contra a fome (BACF) não são lá muito inteligentes. Isto porque, acompanhado dos meus amigos, éramos invariavelmente abordados pelas pessoas em questão; o que é só por si bastante estranho e pouco inteligente por um simples motivo: grupos de jovens não vão aos centros comerciais comprar comida.
Resolvida esta questão, tenho ainda a dizer que sou bastante céptico, apesar dos meus familiares e até amigos doarem alguns alimentos, no que toca à organização e mesmo à boa vontade do BACF.
Não é situação rara as vezes que vemos nas noticias que muitos alimentos que andamos para aí a doar não chegam ao seu destino, porque se estragam, porque desaparecem, etc. Este mistério não fica sem solução, pois tenho uma teoria que desde já partilho convosco.
Se as pessoas doam comida e ela não chega ao destino, é porque algo lhe acontece entre estes dois pontos, a comida desaparece... mas como... para onde?
A solução é bastante simples.
Durante as já referidas iniciativas do BACF, fui constatando que os indivíduos que dão a cara na abordagem às pessoas, têm todos uma coisa em comum, são gordos. Isto dificilmente passa como coincidência num país onde a obesidade, apesar de estar a aumentar, se mantém longe dos níveis de países como a América, Alemanha, México, Reino Unido, entre outros.
Excluída a coincidência parece-me, além do mais, uma falta de respeito tremenda o facto das pessoas do BACF serem gordas. Senão reparem. O objectivo é fazer chegar comida a países africanos como por exemplo a Etiópia, vítima de anedotas e piadas pela extrema magreza da sua população. E os nosso “benfeitores” apresentam-se ali rechonchudos, cheios de cabedal, com a bela “pança” em relevo, acentuado. Ao menos podiam ter a decência de contratar pessoas magras, nem que fosse por simpatia pela magreza africana, só para parecer bem; nem precisavam de pôr sentimento por detrás disso.
Após esta chamada de atenção, que julguei ser necessária, para a falta de educação dos gordos do BACF, é relevante voltar ao mistério do desaparecimento de comida. Já devem ter percebido onde quero chegar....comida, gordos, comida a desaparecer.... É verdade, estou mesmo a afirmar, porque acredito piamente, que grande parte da comida que é doada de coração pelos portugueses acaba por alimentar as barriguinhas, já de si cheias, dos voluntários/empregados do BACF.

PS: Sem me querer alongar mais, digo só que não deixem de doar e digo também que não tenho nada contra os gordos, só mesmo contra os que trabalham no BACF.

PS (ao colega insano): Espero não ser muito insultado nos "comments", arrisquei o post porque era muito azar um gordo do BACF ler isto; se isso acontecer cheira-me que o "purainsanidade" se vai ver a braços com um, ou mesmo vários processos, por difamação e insulto. Se tal acontecer as minhas desculpas em adiantado.

domingo, dezembro 17, 2006

Cai neve em Nova Iorque...e na Torre também!

Nevou na Serra da Estrela! Algo de anormal? Não, pois não? Então porque é que raio as carrinhas de reportagem rumam como se não houvesse amanhã em direcção a esse expoente máximo da altitude em portugal continental que dá pelo nome de Torre?
Parece exagero meu, mas é verdade! Assim que cai a primeira neve todos os Outonos na Serra da Estrela, toda a estação de televisão portuguesa que se preze, envia imediatamente os seus repórteres para cobrir (por favor, não fazer segundas leituras) o facto. E é todos os anos a mesma reportagem:

-Em directo da Torre, temos a nossa repórter Coisa e Tal. Coisa e Tal, é verdade que nevou?
-É verdade Coisinho, realmente caiu neve aqui na Torre e nos arredores, quase até à zona do Hotel da Serra da Estrela.
-Fantástico, muito obrigado. Foi a repórter Coisa e Tal, em directo da Torre.

E então caraças???? O que é que tem assim de tão especial cair neve na Serra da Estrela? Se fosse no Alentejo ou no Algarve aí sim, era motivo de reportagem. Agora na Torre? Ou é para avisar o povo que já está na altura de pegarem nas pranchas de sku que compraram o ano passado por 10 € no Centro Comercial da Torre para irem para mais um entusiasmante e maravilhoso dia a levar com blocos de gelo na cara, vulgo tromba?
Sinceramente, não nos percebo...será que me podem explicar este fascínio?

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Relações (sociais) entre mulheres.

Na linha, do que acontece com os fumadores, o mesmo sucede com o sexo feminino, no que diz respeito, especialmente, a dinheiro.
Elas são picuinhas. Eu vi, não estou a inventar, boas amigas a dizer uma á outra que deviam 1 café, ou uma coisa do género; que ainda tinham que pagar meia dúzia de cêntimos; não estou a exagerar, eram cêntimos.
Isto para mim é totalmente ilógico, um café??? Epá hoje pago eu, amanha pagas tu e as contas acertam-se assim. Claro que alguém fica sempre a arder com algum dinheiro, mas nunca é nenhuma fortuna.

Outra situação; são os presentes. Entre o grupo de amigas que todas as raparigas têm, existe sempre, ou quase, a tradição de oferecerem presentes, quer seja no Natal ou nos aniversários. Seria lógico, da minha perspectiva, que cada uma oferecesse qualquer coisa, sendo de jeito ou não; algo que fosse uma lembrança. Mas isto não sucede, as não aniversariantes, juntam-se todas para comprar uma coisa. Ainda compreendo que se juntem aos pares ou trios para poupar. Mas todas a comprarem a mesma coisa... parece um tanto ou quanto exagerado, especialmente quando, na generalidade, se trata de uma situação que do ponto de vista de quem faz anos resulta numa constatação deste tipo: "tenho 20 amigas e recebi 1 presente, UAU!... Um livro".
Já que se juntaram todas então, ao menos, comprem algo excepcionalmente bom (e não é ferrero rocher).
Fazendo a análise psico-filosófica da questão penso que tal sucede pela maior liberdade que as raparigas têm. Alias, talvez não seja uma questão de maior liberdade, mas sim, de mais cedo. Com isto quero dizer que os adolescentes (homens), normalmente, não têm uma mesada ou semanada, quando precisam pedem aos país e estes ou dão ou não. Por outro lado, as adolescentes têm geralmente uma quantia de dinheiro com o qual têm que se orientar durante certo período de tempo. Esta é a razão mais plausível que arranjo.
Caso não seja esta a razão é como alguém disse (e não foi o Tonecas), "não é defeito, é feitio".

(possivelmente não vão perceber a piada do Tonecas, por isso ignorem, se tiverem muita curiosidade perguntem; não se esqueçam que dessa forma alguma da piada vai á vida)

PS: A análise psico-filosofica foi feita numa fase pré faculdade, onde o facto relatado se verificava; agora a situação, de algum modo, até se altera. No entanto decidi manter o post na totalidade por respeito ao trabalho que tive e, mais importante, por respeito a possíveis leitores mais jovens que vivam tal realidade.

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domingo, dezembro 10, 2006

Parabéns!

Esta semana foi o meu aniversário! Não, não vale a pena o leitor ir já seleccionar a opção comments para me felicitar pelo facto, embora fique desde já agradecido pela ideia.
Ora estava eu em frente a um bolo de aniversário daqueles com velas e tudo, com algumas pessoas a cantarem-me esse hino da música popular que dá pelo nome de Parabéns, quando me apercebi que tudo aquilo é muito deprimente!
Refiro-me ao facto de estarem a cantar p’ra nós toda aquela lengalenga (“muitas felicidades...muitos anos de vida”) enquanto estamos à espera caladinhos p’ra podermos apagar as velas. É esquisito um marmanjo que faz vinte anos estar ali a tentar não parecer ridículo enquanto outros marmanjos ou marmanjas entoam uma canção já de si ridícula. Todo aquele espectáculo entre adultos é deveras deprimente. Na minha humilde opinião, devia haver alguém que inventasse uma canção de aniversário p’ra adultos. Ou então um poema ou qualquer outra coisa mais crescidinha. Uma canção acaba sempre por parecer ridícula, quando entoada por vários adultos em conjunto (a menos que seja um coro ou uma banda). Qualquer coisa do género:

-Sim senhor, é o teu aniversário
Esperemos que contes muitos
E que não saias do armário
Estou feliz como os cães
Agora não temos que cantar
Aquela canção dos Parabéns,
Visto alguém completamente genial
Ter inventado esta declamação
Que até nem soa nada mal!

É só uma ideia, mas podia resultar, hein? E isto saiu-me à primeira, como de resto será fácil de constatar. Assim éramos todos mais felizes, inclusive os aniversariantes, esses seres que estão sempre à espera de serem apaparicados só porque a mãe deles teve um trabalhão desgraçado há uns anos atrás.
Eu até nem vinha escrever sobre isto, mas pareceu-me algo que precisava de ficar estabelecido. Deixo o meu outro assunto para a próxima vez.

O Pura Insanidade aceita sugestões para declamações ou manifestos de parabéns. Ficamos à espera. Esmere-se, caro leitor, esmere-se.!

Boa semana para todos.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Fumadores

Já há bastante tempo que reparo numa coisa, e ultimamente tenho tomado especial atenção a essa situação: “OS FUMADORES SÃO EGOÍSTAS!”.
Essa é a minha interpretação, como não fumador, do facto.
Passo a expor: Nas relações entre fumadores existe o princípio da troca equivalente, ou seja, eles nunca partilham os cigarros, nunca os dão, ou muito raramente. Por exemplo, se alguém tem 2 cigarros no maço e tira um para fumar e alguém lhe pede um cigarro, o fumador nunca, mas mesmo nunca, dá o cigarro que lhe resta. Diz que tem poucos e pronto. Do meu ponto de vista, ficava chateado, se alguém tivesse 2 pastilhas e eu lhe pedisse uma e não ma desse porque tinha poucas (talvez não seja a melhor comparação, mas o principio é o mesmo). Mas, mais estranho ainda é que o fumador que pediu o cigarro e foi no “bote”, não leva aquele acto a mal, até pede desculpa por ter pedido o cigarro ao outro quando ele tinha poucos, até porque ele faria o mesmo; não daria o último cigarro.
Outra situação acontece com o "empréstimo” de tabaco. Acontece uma coisa do género:
- tirei-te 3 cigarros, fico-te a dever.
Quando digo 3, o mesmo acontece com 2 ou até mesmo com 1. Se fosse comigo e me tirassem 1 ou 2 cigarros eu deixava passar. Mas os fumadores não deixam.
Eles gostam de receber os cigarros de volta e a pessoa que os pediu "emprestados" também gosta de os devolver. Em linguagem jurídica, tanto o credor como o devedor sentem uma responsabilidade moral perante o acordo celebrado (ganda pinta).

(Quero aqui frisar, que isto não é nenhuma crítica aos fumadores, é apenas uma chamada de atenção para uma realidade do dia a dia, de uma pessoa que está fora do "meio". Se fumasse, possivelmente, talvez até provavelmente, fizesse o mesmo).

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segunda-feira, dezembro 04, 2006

2ª feira

Hoje cheguei tarde à escola e faltei à primeira aula. Esta situação que se repete invariáveis vezes durante todo o ano, hoje, pela primeira vez, deixou-me num estado de tremenda raiva.
O dia começou bem, com uma amiga que ia levar o carro para Lisboa, sendo que eu ia apanhar a boleia e escapar-me à muito mais aborrecida e cansativa viagem daquele paradigma dos transportes públicos que é o autocarro.
O problema começou a surgir quando demasiado cedo, antes do seixal, começou a interminável fila de carros, que é como quem diz, de stress, sono e bocejos (para mim pelo menos). O que estaria a provocar tanta inércia?
Bem informados como estávamos pela Best Rock (passo a publicidade; eles não agradecem que vou criticar) que insistia em dar pormenorizadamente a cada 15 minutos o estado do trânsito nas várias pontes que se ligam à invicta (Porto); interessantíssimo, especialmente porque estava quase a chegar à ponte 25 de Abril.
De qualquer forma, entrando no tabuleiro da mesma o “Peixoto”, dj da Best lá fez o favor de dizer o que se passava com os acessos a Lisboa, tendo descoberto na altura que houvera um acidente que envolvia 9 viaturas. Ok, a demora estava explicada, que grande azar apanhar um acidente dessas dimensões. No entanto o dj continua com a informação dizendo que o acidente é no sentido Lisboa/Almada no qual (eu estava do lado oposto) passava um carro de vez em quando. Aproveitei a ocasião para exprimir a minha raiva insultando o “Peixoto” com um belo: “Que parvalhão! então ele não sabe que o acidente foi ao contrário; idiota!”. Pois bem, qual não é o meu espanto quando a emissão continua, agora com uma senhora que repete o que foi até aqui dito, mas acrescenta-lhe uma coisa fantástica, a verdadeira alma do Português. O que ouvi foi isto: “ De facto o acidente é no sentido norte/sul, em direcção a Almada, mas o trânsito está mais congestionado no sentido contrário devido á curiosidade dos automobilistas que andam em marcha lenta a ver o que se passa”.
Pois isto foi a gota de água para a minha irritação. A razão para o meu desconforto, atraso, fome, frio, calor, e dor (no joelho) foi pura e simplesmente a curiosidade dos portugueses e eventualmente algum emigrante. Fantástico!

PS: Tudo isto foi confirmado por mim uns minutos mais tarde quando passei pelo local e parei para ver (joking). Como tal devo um pedido de desculpa ao dj da Best pelo insulto que lhe proferi e pelo meu descrédito geral nessa estação de rádio, no que toca ao trânsito.
Duvido, contudo, que está pérola vá ser lida pelas pessoas em questão, fico à espera...

domingo, dezembro 03, 2006

Futebol (peço desculpa)

Antes de mais, saudações desportivas!
Hoje como a falta de (boas) ideias é gritante e também pelo facto de ainda não me ter gabado do jogo de sexta-feira a ninguém (tenho-me na conta de adepto com fair-play), venho apenas perguntar o que raio foi que passou pela cabeça ao Paulo Bento p'ra meter o Bueno e o Romagnoli? O Sporting jogou tão mal, que até deu p'ra metermos o Beto, o que como toda a gente sabe, é sinal de humilhação.
Palpita-me, não sei bem porquê (ou então sei), que este texto provavelmente ficará sem comentários, vamos lá a ver se me engano ou não.
P'ra animar um pouco as coisas, deixo-vos este vídeo que me fez rir como há muito não ria e que me levou às lagrimas. Dá jeito perceber de futebol e estar por dentro da actualidade desportiva do nosso país p'ra rir que nem um perdido/a, mas se não estiver, acabará por esboçar um ou dois sorrisos de qualquer forma. O vídeo já é conhecido, mas com legendas fica muito mais giro.
Ao menos o Paulo Bento tem "tranquilidade", virtude pela qual este rapaz não prima.
Se estiverem a comer ou a ingerir líquidos, não abram o link, por favor! Não me responsabilizo por eventuais sufocos. Enjoy it!

P.S.: Peço desculpa pela falta de imaginação e de qualidade de redacção, mas hoje é p'ro que estou. Farei os possíveis para que não se volte a repetir, caro leitor.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Ice it

Isto acontece comigo e também com um amigo; desde logo deixa de ser uma coincidência e passa a ser uma curiosidade sobre um comportamento que releva demais estupidez.
A história é a seguinte: Certo dia, bonito, solarengo, de muito calor, decidi dar uso à mesada e dirigi-me á banca do ice it, procurando refresco imediato num saboroso gelado.
Já no estabelecimento, fui até a caixa fazer o pedido, que consistia em duas bolas de gelado em copo. Paguei (teve mesmo que ser) e recebi o troco em conjunto com o recibo. Até aqui tudo bem. Contudo, no momento em que me foi entregue a senha, a senhora que me atendeu profere as seguintes palavras: “ Tem que entregar à minha colega”; e colega.... nem vê-la. O curioso é que a senhora dá dois passos para o lado e mostra aquele semblante ansioso, de olhos arregalados, acrescido de uma mão meio estendida, que significa “Dê-me a senha, estou à espera do seu pedido”. Ora espantado fiquei porque não estava mais nenhum cliente no estabelecimento; o que seria a única explicação lógica para a senhora (enquanto senhora da caixa) não poder ficar logo com a senha, mesmo que tivesse que cumprir o procedimento especial de transformação em senhora do balcão.
Quanto a esta situação, tenho a dizer:
-“Deixem de contratar esquizofrénicos!!!”

Esta situação porém do ponto de vista do produtor é bastante engenhosa. Senão reparem. Aparentemente, a direcção/gestão do ice it tinha lá a trabalhar 2 pessoas e, quer-me parecer, não paga dois ordenados. Isto é que é “fazer render o peixe”.
E depois, vem o governo dizer que não consegue arranjar empregos. Pudera! Cada dois postos de trabalho são preenchidos por uma só pessoa. Parece-me que a gestão do ice it incorre, com isto, numa série de ilegalidades que deviam ser reportadas às autoridades competentes. Por isso, aconselho vivamente os emigrantes (sim, os trabalhadores são sempre emigrantes), a queixarem-se talvez à DECO; ou mesmo ao Deco, quem sabe, já que são da mesma nacionalidade.... Há, pois é. Agora já não são. Bem, era só isto.
Tenho dito!

***** e [][][]

domingo, novembro 26, 2006

Post Mortem

Ora então boa noite!
Hoje venho partilhar mais uma das imensas coisas que me perturba a psique (vulgo mente): falecimentos e funerais! Tema do catano, hein?
Esta semana morreu um primo p'raí em 57.º grau do meu pai. Ok, coitado do senhor, sofria não sei do quê, foi hospitalizado, não se aguentou e foi desta p'ra melhor (ou não!). A família está chorosa e num momento de dor, é compreensível. Mas eu não, porra!
Não sinto absolutamente nada pela morte do cavalheiro em questão, e ao que consta, há muita gente que também não. Segundo o que sei, nem o nome de cavalheiro o indivíduo merece.
A questão é que tanto o meu pai, como a minha madrasta e até a mãe da minha madrasta (minha avó emprestada, portanto) estão a considerar ir amanhã ao funeral. Portanto, vão ao funeral de uma pessoa com quem não falavam, de quem não gostavam, cuja família não tem quaisquer tipo de relacionamento connosco, mas vão!
Eu que nunca tinha ouvido falar do homem (era conhecido por Zé Albano), durante o dia de hoje fiquei a saber que era uma peste e que passava grande parte dos seus dias a fazer-se a tudo o que era rabo de saias (leia-se elementos do sexo feminino; não se leia escoceses).
Contudo, no funeral de amanhã vão estar uma cambada de hipócritas que se sentiram na obrigação de ir prestar a última homenagem a um gajo que não suportavam! Porquê?
Porque raio as pessoas se sentem obrigadas a ir a eventos fúnebres com os quais não têm qualquer tipo de relação, e quando têm, é sempre negativa? Parece que estou a ver o diálogo num qualquer velório ou funeral:

-"Ah, as minhas condolências, menina Coisa."
-"Obrigada, senhor Coiso, conhecia bem o meu paizinho?"
-"Olhe, não, mas houve uma vez que ele se fez à minha esposa e eu lhe quis dar um par de sopapos, mas a coisa acabou por ficar por aí."
-"Ah, era um malandro, ele! Mas olhe, obrigado por vir, significa muito p'ra mim."
-"Ora essa, que espécie de pessoa era eu se não viesse?"

É isto meus amigos, que se passa um pouco por todas as igrejas e casas mortuárias deste país, bem como nos cemitérios. Pensem nisso...e digam qualquer coisa!


P.S.: É favor reparar no modo em como mais uma vez este vosso amigo (eu, portanto) mais uma vez não acabou um texto à la Pimpinha Jardim, usando as reticências. Podia perfeitamente acabar só com o "Pensem nisso...", mas não! Consegui acrescentar qualquer coisas mais, para bem da nossa querida e estimada Língua Portuguesa.
Note o leitor também, no trato com que mimo o falecido ao longo do texto: começa por "cavalheiro" e vai descambando por aí fora até à pérola "gajo". A minha pessoa é formidável, não é?

quarta-feira, novembro 22, 2006

Mania

Não sei se já alguma vez repararam, mas as mulheres têm todas (ou quase), uma mania muito estúpida de mudarem de penteado.
Dito assim, parece uma coisa normal, mas o que sucede é que essas mudanças de penteado só acontecem em momentos importantes e, além disso, são extremamente radicais. Por exemplo, uma rapariga faz anos e acha que tem que mudar totalmente o seu aspecto e então, toca a esticar o cabelo. Pode parecer que não existe diferença, mas podem ter a certeza que a diferença é muita, como da noite para o dia. Habituamo-nos a ver essa rapariga de cabelo encaracolado durante 364 dias do ano, e de repente ela aparece com o cabelo liso. Ela muito contente, acha que está fantástica, quer ser o centro das atenções, e nós (refiro-me essencialmente aos homens, até porque quando as outras raparigas pensam a mesma coisa que nós, não o dizem) só pensamos: "CARAMBA, QUE FEIO!"
È óbvio que não o podemos dizer, temos que disfarçar, mas também não vamos mentir (gente de princípios) e a solução passa por ignorar tal coisa. O pior acontece quando ela vem super entusiasmada e pergunta directamente a nossa opinião, e acontece algo deste género:
-" o que é que achas?"
Ao que nós respondemos da forma mais evasiva possível:
-" hum... bem... ta... esta diferente."
-"Mas gostas ou não?"
Esta sim, é a pergunta mortífera, não há escapatória. Lá temos que mentir.

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segunda-feira, novembro 20, 2006

Anúncio de televisão

Aqui vai um reclame originalíssimo que passa actualmente nos canais portugueses: "Ucal... é Ucal".

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domingo, novembro 19, 2006

Life at Twenty

Ontem estive numa festa de aniversário de uma amiga.
Coisa privada, amigos de longa data e noite calma. Tudo bem até aqui, mas comecei a reparar que estes meus amigos, nesta fase dos 20 anos, se encontram em duas situações: a) estão numa situação estável, com namorado/namorada há mais de um ano, frequentam a faculdade e têm confiança num bom futuro; b) nunca acabaram o 12.º, andam desesperados à procura de um trabalho qualquer, algumas até já engravidaram e vão casar (ou não).
Resumindo, não há um meio termo. Correcção: há! Sou eu, este simpático escriba cujo cérebro não pára de pensar neste tipo de coisas. Até nem estou mal na vida, estou na faculdade, tenho ambições futuras, and all that stuff. Contudo, uma relação duradoura para mim significa que já chegou aos 3 meses, ao passo que para os meus amigos (estes amigos, tenho alguns que se identificam comigo) se for menos de um ano é só para passar o tempo. Mas gosto deste meio termo, a sério.
Durante a festa em questão, sentei-me a um canto (expressão recorrente, não era mesmo um canto) da sala, certificando-me que tinha a garrafa de Moscatel ao meu alcance, enquanto ao mesmo tempo ia perfumando o espaço com um pouco do meu humor refinado (sim, isso mesmo, refinado!).
Mantendo uma atitude de low-profile dá para saber as últimas de quem já não vemos há muito tempo, inclusive que uma das nossas (ex-)amigas teve uma experiência lésbica na passagem de ano (infelizmente não há fotos nem vídeos, já constatei o facto). Os meus amigos olham para mim com um sentimento de pena misturado com admiração, sendo que a última deve ser causada pelo facto de eu ser um rebelde, que continua tal e qual como estava no secundário. E eu aproveito o facto, faço de rebelde que não se importa com nada e fico ali sem me importar mesmo com nada que não seja o Moscatel, a comida, e aquela morena gira amiga de um amigo de uma amiga que tem estado a olhar para mim. Durante aquelas horitas sou feliz.
É a vida aos vinte anos (dezanove, no meu caso)!


P.S.:
Tudo o que aqui foi escrito é verídico, à excepção de um pequeno segmento de uma única frase. Espero contribuir para o suspense do blog ao não revelar qual (like if you care...).

segunda-feira, novembro 13, 2006

Descriminação

"Olá eu sou a Joana", "Olá eu sou a Rita"....
O que é que o leitor pensa quando lê estas frases? Provavelmente soa a qualquer coisa familiar, não chegam lá?.... Bom, não se preocupem, não são os únicos.
Porém se eu acrescentar " E esta é a Teresinha"... AHA, fez-se luz. Já sabem, de certeza, do que se trata; mesmo que não saibam que é um reclame da netcabo, sabem pelo menos que é o anúncio das raparigas giras que querem é conversa e agora andar por aí a surfar.
Pois é, já vai algum tempo desde que comecei a tomar reparo na discriminação que a Joana e a Rita (presumindo a veracidade dos nomes) sofrem em face da Teresinha. Sempre que falava no anúncio da netcabo, ninguém sabia do que se tratava, mas só até referir o nome da bela (merece que seja dito) Teresinha. O mesmo sucedia sempre que eu perguntava o nome das meninas do anúncio... obtendo a resposta: "hmm... Aquelas 2 e a Teresinha".
Vendo a situação de um ponto de vista da psicologia social, tal fenómeno não passa senão da verdadeira tendência do homem português para preferir as loiras às morenas.
Ora como amante, preferencialmente, das morenas resta-me agradecer à netcabo por ter posto isto em evidência, fazendo com que fiquem cada vez mais morenas descomprometidas... e Joana, não te preocupes que para mim serás sempre a verdadeira menina da netcabo (se algum dia leres isto, procura-me!)
Não acreditam em mim, experimentem com os vossos amigos... e depois não se esqueçam de dizer que eu tinha razão.

PS: Descobri recentemente que os nomes das meninas da netcabo são falsos. Estou sinceramente desiludido. Bah, que chatice pá!

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Revolta dos afias

Pois bem, cá estamos de novo com outro belo post sobre um assunto de interesse generalizado, os afias.
Ora os afias - também conhecidos pelas nossas avós e pelos petizes como apara-lápis - estão em vias de extinção. É mesmo verdade, senão reparem. Se por acaso forem alunos aplicados, como eu, e homens, também como eu, é obvio que não levam um estojo (palavra nostálgica) para a escola. Assumo, no máximo, uma caneta e um lápis. Pois esse lápis, apesar do pouco uso, tende a ficar cada vez mais gasto até chegar ao limite da inutilidade. É então que entram em acção os afias, mas onde é que eles andam?
Certamente agora estão a fazer uma introspecção às vossas memórias, porque, tal como eu, lembram-se, de certeza, de já terem passado por algo semelhante. O que vos vem á cabeça é, obviamente, ir pedir às raparigas; sim porque elas independentemente da idade carregam o belo do estojo colorido e altamente apetrechado para todo o lado. Mas agora chega a diferença. De certeza que na reminiscência pelos pensamentos a historia acabava com um final feliz, nomeadamente para o lápis que ganhava um bico novo (nem tentem!); pois agora acaba tal tragédia Grega, pois o objecto de salvação não estava lá. É verdade, as raparigas cujos estojos contém coisas como ganchos para o cabelo, elásticos, tesouras, cola UHU batom, clipes e até corta unhas; não possuem afias.
Na investigação digna de um episódio de CSI que tive o trabalho de fazer, concluí que nenhum ser em Portugal com mais de 10 anos possui qualquer afia, nem sequer deixa rasto que nos leve a concluir com precisão que alguma vez tenha possuído algum. Esta aparente incoerência mostra-se a mais pura das verdades após nova introspecção pela vossa meninice. Também se lembram que de facto tinham afias quando eram mais pequenos.... Ou será que era tudo produto da vossa imaginação.... Eu recordo-me pelo menos de 3 afias distintos que tiveram em minha posse, mas onde e que eles andam agora??? E os vossos afias, aqueles “especiais de corrida” com várias cores, tamanhos e desenhos? Desafio-o, caro leitor, a procurá-los... Encontrou-os??
Agora num tom mais sério, para terminar, custa-me sinceramente ver mais uma indústria portuguesa a apresentar elevados níveis de insucesso, após um expectante desenvolvimento que apresentou, ou que, pelo menos, me lembro de ter apresentado nos meus áureos tempos de rapazola.
É de facto uma vergonha, que no entanto se pode explicar de forma bastante simples.
A culpa é do governo.

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Bigode

Um dia destes estava eu muito bem a passear pela escola quando me deparei com um indivíduo, vulgo aluno, que apresentava um bigode ou, para ser mais minucioso, um buço já com algum corpo. Tal imagem tão vil que é só de imaginar é, garanto-vos, pior ainda ao vivo.
Pode o leitor pensar que estou a exagerar, até porque ele podia ser estrangeiro, de países como a Colômbia, Venezuela e afins; ou até mesmo de um qualquer país exportador de petróleo. Lamento informar que o jovem é mesmo português e, além disso, não faz remontar as suas origens a qualquer aldeia lá mesmo no norte ou no interior do nosso país.
Excluída qualquer justificação geográfica para a existência do dito bigode, só me ocorre mesmo que o tal jovem seja, de facto, um grandíssimo fã de uma qualquer personagem Mexicana, como por exemplo o Cantinflas (nome pelo qual é jocosamente referido).Ainda que seja essa a verdadeira razão por detrás de tal pilosidade, parece-me seguro afirmar que o jovem desconhece por completo a regra internacional (as excepções foram acima referidas) que estatui que nenhuma pessoa (essencialmente homens) com menos de 40 anos pode usar bigode, sob pena de ser ridicularizado, justamente, pelos seus pares.
Para não dizerem que só critico vou referenciar algumas vantagens do belo do bigode....... bem.... De certeza que há várias..... Já sei, serve para armazenar comida. Háaa bolas, não é bem isso.... Serve para promover a conversa com o barbeiro, visto que é preciso passar por lá mais vezes.... Serve também propósitos estéticos... Pois, parece que também não era bem isto. Rendo-me.
Posto o post parece-me pertinente fazer uma ressalva, da qual resulta que não pretendo aqui criar nenhuma demanda contra as pilosidades faciais. Repito pois que este post não se aplica a homens com mais de 40 e a mulheres com mais de 80. E além disso afirmo, peremptoriamente, que compreendo o uso do bigode quando conjugado com barba, ou mesmo só com a barbicha, procurando-se desta forma o look Dartagnã.
Espero ter promovido o serviço público apelando à vossa consciência sobre os vossos bigodes e, mais importante, espero também ter dado um pequeno empurrão à indústria de máquinas de barbear e gillettes.

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Introdução

Boa noite leitores do “Pura insanidade”.
Venho por este meio dizer que foi com enorme prazer que aceitei o convite do colega Insano para me tornar um colaborador assíduo deste Blog; e é com enorme honra que me junto a este universo de pessoas que todos os dias, ou pelo menos mensalmente, procuram aqui informações despreocupadas, inúteis e irrelevantes sobre os mais variados tópicos da sociedade mundial.
Continuando o discurso de cariz eleitoral está na hora de prometer que vou acabar com a pobreza, com o desemprego... (desculpem entusiasmei-me). Venho, agora a serio, prometer que vou fazer o que estiver ao meu alcance para manter o nível de espirituosidade, sarcasmo, ironia e até humor, a que o Insano vos tem habituado.
Espero que não esperem demasiado de mim e espero, sinceramente, não vos desiludir.

Deixo-vos com uma pequena espreitadela do que, de mim, podem esperar em futuro próximo: Porque será que os personagens dos “Morangos com Açúcar” não conseguem utilizar palavras como “connosco” e “convosco”?

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sexta-feira, novembro 10, 2006

Novo autor

Só para informar que o Pura Insanidade conta, mais uma vez, com um novo colaborador. A partir de agora, o "trabalho" passa a ser feito por dois insanos. O próprio Insano e o Mankiew, possuidor de um currículo invejável no que toca à escrita (ou então é mentira). Assim fica mais fácil ultrapassar os frequentes bloqueios do vosso caro Insano (eia, lá estou eu a falar de mim na terceira pessoa), tal como mais desafiante a nível da escrita. Quem lucra é quem lê (será que ainda há quem leia?). Divirtam-se!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Questões cabeludas

Sabem quem foi o Kurt Cobain? E sabem quem é a personagem Sawyer da série LOST?
Se eu disser que quero ficar com o cabelo parecido a esses dois, também vão fazer pouco de mim? É que pessoalmente, assim que eu menciono o assunto, o riso é instantâneo, qual cão de Pavlov. Tem assim tanta piada? Sinceramente!

O Apocalipse Impresso

E mais uma vez este vosso amigo se deixou vencer pela preguiça que todos os dias o visita, portanto mais uma vez este blog (gosto de escrever à inglesa, detesto “aportuguesar” palavras) permaneceu mudo durante bastante tempo. Confesso que a ideia de me sentir obrigado a escrever me desanima, uma vez que devia escrever por vontade, necessidade, nunca obrigação. É o que tento fazer, escrever quando quero e peço desculpas a quem até gosta do que faço (escrever, neste caso). Como o mundo não muda nem trago infelicidade a ninguém, deixo-me andar.
Há uns dias li um artigo no DIA D do Público que abordava o fim da Imprensa como a conhecemos, ameaçada pelos novos meios de divulgação, como os jornais on-line e os blogs.
Na minha (humilde) opinião, a Imprensa palpável (jornais, revistas, etc.) nunca terá um fim contundente apenas por surgirem novas alternativas, assim como o teatro nunca desaparecerá por rivalizar com a Televisão e o Cinema. O Teatro tem milhares de anos, o cinema tem 100 e a televisão tem 60. O Teatro sempre sobreviveu e sempre irá sobreviver. A Imprensa equipara-se desta maneira ao Teatro: tem centenas de anos (se aceitarmos que começou com Gutenberg), ao passo que o uso comum da Internet tem cerca de 10 e os blogs têm no máximo 4.
As pessoas quando vão ao teatro ainda sentem a magia de outros tempos. A cortina a abrir, as pancadas de Molière, o desempenho dos actores em carne e osso, mesmo ali à nossa frente! É quase como que uma comunhão que fazemos com quem gostamos.
Ler o jornal ou a revista preferida poderá não ser como uma comunhão, mas pode funcionar com um processo de exorcismo dos problemas que nos atormentam, um momento de acalmia e de paz interior, assim como de privacidade. Sentir o papel nas mãos, folhear à vontade, destacar e recortar um artigo que nos chamou à atenção. A Internet por muita liberdade, facilidade e inovação que ofereça, não consegue – a meu ver – equiparar-se ao prazer de ler um jornal, uma revista ou um livro. Alguém teria paciência para ler o Código Da Vinci (apenas uma referência) através de um monitor de um computador?
Para além disso, a maior parte dos blogs são de opinião ou crítica. Sobre o quê? Na maior parte dos casos sobre aquilo que é publicado na Imprensa. Se esta acabasse, teríamos blogs de opinião sobre outros blogs e sobre o que vemos na televisão. Ridículo, não?
Resumindo, não há o que temer quanto ao fim anunciado da imprensa, pelo menos enquanto a ameaça se ficar pelos jornais on-line e blogs conhecidos. E esperemos que assim se mantenha, visto que é uma das coisas que eu tenciono fazer para ganhar a vida.

quarta-feira, junho 21, 2006

Triquinis Traquinas

Mais uma vez tenho andado desaparecido e mais uma vez não tenho nenhuma justificação verosímil para tal. Apenas a malfadada preguiça física e mental (a mais preocupante). Pode ser que daqui para a frente isto passe e escreva mais uns textos por mais uns tempos (é certo e sabido que mais tarde ou mais cedo volto a ceder à preguiça). Por agora, fica aqui uma dúvida com que me deparei recentemente: quem foi o idiota que inventou o triquini e para que é que serve (o triquini, não o idiota)?
É que há uns dias fui confrontado com a noção (e a imagem, já agora) do triquini. E para quem não saiba o que é (gente com sorte), eu passo a explicar. O triquini é um biquini que na parte da frente tem um pedaço de tecido (geralmente o mesmo do biquini) a ligar a parte de baixo à parte de cima.
Ora eu posso estar errado, mas esta parte do corpo da mulher não é suposto estar exposta? As meninas não costumam passar os meses que antecedem o Verão preocupadas a inventar novas dietas e coisas do género? E para quê? Para poderem exibir as suas belas barriguinhas tonificadas e com o seu belo umbigo sexy.
Agora há alguém que se lembrou de inventar isto do triquini, que não serve para nada. Só serve para quem não tem realmente uma barriga bonita. Essas pessoas sim, deviam ser obrigadas por lei a usar triquini. E calças e camisola, no caso do resto do corpo também ser mau. E tudo isso com uma ordem do tribunal que proibisse uma toda e qualquer aproximação da costa litoral portuguesa num raio de no mínimo 250 metros.
Faz-se tanta greve neste país, já agora também não era mal pensado fazerem uma greve contra o uso dos triquinis, que pelos vistos, vão ficar na moda. E criarem uma associação anti-triquini ou assim. Já tenho um nome: os Traquinas Anti-Triquini! Não? Pois, então pensem nisso. Ou não.

quinta-feira, maio 04, 2006

Suerte

Se for suficiente para me arranjar um bom emprego, carro, casa e uma top-model inteligentíssima e interessante como esposa...já não é mau!

Your Luck Quotient: 75%

You have a high luck quotient.More often than not, you've felt very lucky in your life.You may be randomly lucky, but it's probably more than that.Optimistic and open minded, you take advantage of all the luck that comes your way.

E o leitor, tem sorte?

segunda-feira, maio 01, 2006

Feira Automóvel

Este sábado fui à FIL visitar a Feira Automóvel. Este vosso amigo, que de início nem sequer tinha grande vontade de agraciar tal evento com a sua presença (a minha, portanto), rapidamente mudou de ideias ao entrar no recinto em questão (xiça, isto de falar na terceira pessoa dá trabalho). Eu a pensar que ia ser uma coisa aborrecidíssima com montes de gente a admirar este e aquele carro, mas não! Aquilo reúne todo o misticismo carro + mulher voluptuosa que estamos habituados a ver nos filmes norte-americanos. Tenho-vos a dizer que os materias são de primeira qualidade, a carroçaria é fantástica, o equipamento de série é generoso, incluindo sempre duplo air-bag e outras atracções indispensáveis já de origem, e que também desconfio que muito do equipamento exposto vinha já com alguns extras, sendo que existe a possibilidade de pedir mais alguns, desembolsando para tal quantias consideráveis, claro. A Feira Automóvel é o regalo de qualquer homem que se preze, combinando o melhor da vida nuns módicos 4 salões. Só faltava o futebol, a cerveja geladinha (apesar de este vosso amigo não apreciar cerveja) e o belo do tremoço (outra coisa que também dispenso, mas que reconheço ser essencial para os outros homens).
O único senão é aquele que afecta todo o nosso país: a compra de ingressos. Como em todo o lado, podem existir 8, 9, ou 10 guichês de atendimento e venda de bilhetes, mas para variar, só um (no máximo dois) é que está aberto. Esta regra funciona para balcões de atendimento nos bancos, caixas de supermercados, estádios de futebol, portagens, etc. Será que é alguma regra aprovada no Parlamento?
Visitem, são 8 (oito) euros bem gastos, a sério!

Blogues demasiado modernos

Caros donos/autores/participadores de um blogue: por favor, parem de entupir os vossos blogues com músicas de fundo e vídeos que demoram eternidades a carregar!
Ultimamente poucos são os blogues que visito que não me bloqueiam todas as outras páginas da web que tenho abertas, porque estão a carregar o seu maravilhoso e animado conteúdo. Epá, está bem que fica giro e tal, e a maior parte das músicas até são engraçadas, mas aquilo enguiça o computador todo. Não vos acontece o mesmo? Recentemente, ao visitar o blogue de uma amiga minha , cujo nome não divulgo aqui, mas que começa em Sílvia e acaba em Silva (piada demasiado usada, mas gosto, o que é que se há-de fazer?), tive inclusive de desligar o Mozilla Firefox (o meu browser, não gosto do Internet Explorer) através do comando control-alt-delete, visto que já nada mais respondia no meu computador, que não é tão mau como isso.
Portanto, fica o apelo: escrevam, sim senhor, ponham umas imagens a meio-gás, um links, uns desenhinhos, mas deixem a porra das músicas e vídeos para as caixas de e-mail, ok????
Tenho dito.

segunda-feira, abril 17, 2006

Bah...

Bah...a falta de ideias é gritante (não na verdadeira acepção da palavra, mas ainda assim preocupante). Os temas da actualidade são mais que muitos, desde a Páscoa (afinal porque é que raio o coelho da Páscoa distribui ovos de chocolate e o que tem a ver com a morte de Jesus Cristo na cruz? E porque se festeja uma festa pagã como a Páscoa em honra e memória do Jota Cê e do que Ele fez pela Humanidade?), ao futebol (o Benfica voltou a enterrar, e a mania de mal jogar já alastrou até ao outro lado da 2ª Circular), passando pela mão pesada de Pinto da Costa sobre Carolina Salgado (no comments, cada um tem o que merece) e pela morte do Francisco Adam (num simples episódio dos Morangos com Açúcar ocorreram-me tantas piadas de humor negro que fiquei surpreendido comigo próprio e com a minha mente doentia).
Como o leitor pode constatar, os temas são muitos e bons, as ideias é que não são de jeito e a preguiça mental para desenvolver seja o que for é muita. Por outro lado apetece-me escrever e aparvalhar. A inércia chateia-me, ainda falta uma semana para a faculdade recomeçar e, como consequência, para me poder voltar a queixar do pouco tempo que tenho (é crónico, temos de nos queixar constantemente). Nada me corre mal, nada me corre bem, anda tudo assim-assim, numa monotonia e rotina aborrecidíssimas. Sou o único imbecil ou há por aí mais alguém? Há vida para além deste monitor?

sábado, março 18, 2006

OPA, tantas OPA's

OPA! Agora o assunto da moda são as OPA's. Qualquer pessoa que queira parecer minimamente inteligente só tem de falar da OPA que a Sonae lançou sobre Telecom e da OPA que o BCP lançou sobre o BPI. Ontem ouvi duas senhoras aparentemente respeitáveis a conversarem animadamente sobre isto da OPA, e a conversa era mais ou menos assim:

Senhora 1: Isto agora é só OPA isto, OPA aquilo, no telejornal não se fala de outra coisa.

Senhora 2: É verdade, eu assim que ouço falar disso mudo logo de canal. (Sem comentários)

Senhora 1: Eu só não mudo porque o meu marido não deixa. Mas olha lá, afinal isso da OPA é o quê?

Senhora 2: Não sei bem, mas acho que tem qualquer coisa a ver com o Aeroporto novo que querem construir cá em Lisboa.

Meus amigos, perdi a compostura que estava a tentar manter até então e desmanchei-me a rir. As senhoras olharam para mim e calaram-se. Para quem não sabe (a minha mãe mora no Brasil e é possível que não saiba), uma OPA é uma Oferta Pública de Aquisição e consiste numa companhia oferecer-se para comprar outra companhia, sendo que a companhia a ser comprada está cotada na bolsa, ou seja, é uma sociedade anónima, por acções, concluindo. A oferta é feita num preço base a oferecer por cada acção comprada. Imaginemos agora que eu queria comprar a EDP e que oferecia a quantia de 1 cêntimo e um rebuçado por acção. Isso era uma OPA, ridícula, mas era!
Já a estória do Aeroporto é a OTA, Aeroporto da OTA.

E pronto, foi o momento informativo da semana.

A propósito, a Corporación Dermoestetica já anunciou que vai lançar uma OPA sobre o rosto da Lili Caneças e a Opus Gay sobre o José Castelo Branco.

Plagiadores de sucesso

Ando a ser plagiado! E não é plagiado por pessoas comuns. Não, ando a ser plagiado por pessoas famosas, que fazem do humor o seu ganha-pão. Pessoas que admiro e que considero meus ídolos. Vá, não é bem plágio, mas que andam a aproveitar as minhas idéias...senão vejamos: depois do Natal escrevi um post sobre as miúdas descascadas que passaram na noite de consoada na SIC, nos intervalos do filme infantil Shrek. Na mesma semana, o Ricardo Araújo Pereira resolveu escrever sobre o mesmo assunto (tá bem que ele secalhar teve mais piada, mas se eu fosse pago p'ra escrever também tinha imensa piada) na revista semanal "Visão". Esta semana dissertei um pouco sobre o calor que assolou o país por dois breves dias e o Nuno Markl fez logo uma rubrica do "Há vida em Markl", na Antena 3. Tal como eu, também dissertou acerca de corpos desnudados e odores não muito agradáveis. Ora das duas uma: ou a comédia em Portugal anda muito mal e até as idéias que eu tenho servem, ou sou um génio da matéria (leia-se comédia, humor, whatever). Quem acha que o sucesso me deve subir à cabeça ligue para o 640 600 600, quem acha que o sucesso já me subiu à cabeça ligue para o 640 600 601, quem não achar nada ligue para o 640 600 602, quem quiser uma pizza de anchovas que ligue para o 640 600 603. Aceitam-se opinações e teorias acerca deste assunto.

segunda-feira, março 13, 2006

El verano

Pronto, faz um bocadinho de calor e o tuga vai logo ao baú buscar as roupas de verão. Hoje era vê-los de manga curta e calções, e vê-las de mini-saia e topes. Já me tinha esquecido deste clima que nos faz perder a pouca vontade que temos de pôr os pés na faculdade. Estava-se bem era na praia. Amanhã, já que não há aulas, cheira-me que vou pisar as areias de alguma praia aqui perto. Por outro lado, este regresso do calor devolveu-me o horror a andar de autocarro. É impossível, minha gente. Saí do comboio, climatizado e cómodo e apanhei o autocarro para casa. Eu e mais umas 50 pessoas. Ao fim de minuto e meio era impossível respirar saudavelmente lá dentro. E depois, aquele odor natural do ser humano... hummm, tão bom. Resultado: saí na primeira paragem e fiz o resto do caminho a pé. Por tudo isto e muito mais, viva o verão, vivam as férias, viva tudo isto que ainda está longe, muito longe.

sexta-feira, março 03, 2006

Ao som destas músicas e a desfrutar disto, navega-se muito bem na net. Daí a minha preocupação quanto a ganhar a tal proeminente barriga daqui a pouco tempo. Mas fazer o quê? Está-se tão bem...life's beautiful!

Artes Marciais

Portanto...este vosso amigo anda de ginásio em ginásio à procura de um que lhe agrade, a fim de poder exercitar o físico de maneira a não ganhar uma proeminente barriga daqui a uns meses. Mas sucede que vários ginásios, para além da trivial ginástica e musculação, também lecionam artes marciais. Interessado no assunto (é uma óptima desculpa para poder descarregar uns pontapés e uns murros), falei com a menina da secretaria (deveras apetecível, devo salientar) de um dos ginásios em questão. Muito simpática, explicou-me que tinham aulas de Shotokai, Shotokan, Aikido, Judo, Kobudo, Tai Chi, Shukokai, Taekwondo, GojuRyu, Kung Fu, Karaté, Ju-Jitsu e Wushu. "Tens preferência por alguma delas?" - pergunta a afável menina. "Er...não é tudo pontapés, murros, rasteiras e defesa?" - pergunta o ignorante autor destas linhas. A até então simpática moçoila muda radicalmente de atitude, faz uma cara ofendida e limita-se a dizer "não!", como se eu tivesse dito a maior barbaridade de sempre. Perante isto, e numa (infeliz, reconheço agora) tentativa de fazer uma piada para lhe repôr o sorriso outrora visível, digo: "Então pode ser um chop-suey de gambas".
Juro que por momentos pareceu que a atraente rapariga ia saltar para o meu lado do balcão e desancar-me ali mesmo (o que até teria o seu quê de excitante), mas limitou-se a fazer uma cara de enfastiada e a não me responder. Eu, vendo que a coisa não ia correr bem, olhei para o relógio (do telemóvel) e fiz uma cara de surpresa: "Txii, já são seis e meia, tenho que ir andando. 'Tão olhe, eu depois passo cá com mais tempo, sim?". Ela anuiu com um sorriso amarelo e fui-me embora. Nunca mais lá pus os pés, e desisti da idéia das artes marciais.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Pássaro amarelo

Um certo pássaro (amarelo, por sinal) chamou-me hoje a atenção para a minha maneira de ser e de fazer as coisas. Criticou-me sem dó nem piedade, porém sem maldade, só com a intenção de me fazer ver as coisas. E eu digo que o raio do canário está certo, mas também digo que é dificíl mudar quem sou do dia p'ra noite. Prometo que vou tentar, não quero que tenham razão de queixa sobre mim. Mas isto deixou-me a pensar: se o pássaro tem tal idéia de mim, quantas mais aves (raras ou não) pensarão o mesmo? E a gripe aviária aí tão perto...só espero que não ataque em força!

Babel Fish

Pronto, já se acabaram os testes, já voltei. E voltei com uma coisa que me tem feito rir ultimamente: essa maravilhosa ferramenta da web que é o Babel Fish, supostamente um tradutor muito eficiente, que trabalha com várias linguas. Só para vos dar um exemplo das maravilhas que o Babel faz, fui buscar a letra de duas músicas muito conhecidas e traduzi-as para a língua de Camões. Aqui estão elas:

New York, Frank Sinatra



Yesterday, The Beatles


Deveras Impressionante! Experimentem outras músicas que o resultado é hilariante.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Irra, mais testes

Raios partam os testes!
Estou à nora, completamente à nora. Amanhã tenho um teste de italiano com uma tal de professora Alessandra Baratti (que é uma personagem daquelas e que ainda não tive tempo suficiente para descrever aqui no blog) e estou perdido. Nesta altura era suposto saber coisas como o trapassado prossimo ou o trapassado remoto (não confundir com trapattoni s.f.f.) e ainda não faço a mínima idéia de como se conjugam tais tempos verbais. O teste é gramática, pura gramática e eu ainda não sei nada. A semana passada estive entretido a estudar para outros dois testes, estive a braços com uma entorse no tornozelo esquerdo (a braços com uma entorse no tornozelo é irónico) e, consequentemente com o acompanhamento de duas canadianas (bem giras, por sinal) uma de cada lado, que me seguiram p'ra todo o lado, mesmo p'ra todo o lado. Tempo p'ra escrever no blog? Nenhum! E até tenho um par de idéias na psique, só que ainda não as passei para este maravilhoso mundo que é a Internet. As pessoas vêm aqui diariamente (que pretensão a minha) à procura de algo que lhes dê novo ânimo à vida e nada, nada de novo. Como consequência o número de suícidios esta semana disparou em flecha outra vez, depois de ter andado tão baixinho desde o início do ano.
Mas prometo que assim que puder regresso ao activo caro leitor, com muitas e novas insanidades, tenha medo, tenha muito medo (eh lá, isto soou tremendamente demente, veio-me à cabeça a imagem de um qualquer vilão a dizer isto amarrado com uma camisa de forças e com uma cara desvairada mas, ao mesmo tempo, tremendamente feliz).
Retiro-me por ora com a renovação desta idéia: raios partam os testes!

quinta-feira, janeiro 26, 2006

First Round

Portugueses, estamos safos, o Cavaco foi eleito! Isto é melhor que o regresso do D. Sebastião, do Salazar e do Esquadrão Classe A juntos (e as saudades que eu tinha deste último). Calma caro leitor, sou parvo, idiota, insano, deprimente mas nem tanto. Ainda não enlouqueci a ponto de achar que o Cavaco é o novo Messias! Não, só estamos safos porque assim somos poupados a uma Segunda Volta, o que é fantástico. Já imaginaram o que era levar outra vez com o Soares e companhia? E ter a Esquerda toda a votar no candidato que passasse? Xiça...já que temos que levar com um deles, que seja logo à Primeira Volta.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Rotina de um qualquer pensionista

82 anos, português, reformado. Este pensionista vagueia tristemente de terra em terra, procurando com quem se identificar ou talvez, alguém que o identifique. Com sérios preocupantes de memória, o nosso homem não sabe quem é, o que anda a fazer e porque raio tem gente a acompanhá-lo. Não se lembra de nada. Mentira! Sobra-lhe uma última memória, vaga mas persistente: há um fulano que o irrita solenemente, que o assusta, que lhe provoca suores incómodos. Não se lembra bem porquê, nem sequer quem é o sujeito em causa. Num (raro) acesso de memória lembra-se, um tal de Aníbal! Regozija-se por se lembrar do nome. Recosta-se na poltrona do confortável quarto onde está instalado questionando-se sobre o porquê de tanta irritação. Raios - exclama - não se lembra! Batem-lhe à porta. Sr. Doutor, são horas da palestra - informa-o uns dos estranhos que o costuma acompanhar. "Doutor", "Palestra"...tudo conceitos que lhe soam estranhamente familiares. Palestra? Com quem? E porquê? É arrastado por uma equipe de pessoas que o incentivam, alguns até lhe dão palmadinhas nas costas.
Quando dá por isso, encontra-se frente a uma multidão de máquina fotográfica apontada p'ra ele, munida de blocos de notas e gravadores. Pedem-lhe que dê inicío à sessão, que fale. Sobre quê? - pensa. A única coisa que lhe vem à cabeça é o tal Aníbal, o irritante Aníbal. Imediatamente solta um chorrilho de impropérios acerca do dito cujo. Aplaudem-no de pé. -alguém atira do meio da multidão. Sr. Doutor, o que acha do caso das escutas telefónicas? Não lhe parece uma perfeita injustiça? Sim - definitivamente a coisa soa-lhe mal - É preciso acabar com as escutas telefónicas! - diz, batendo estrondosamente com o punho na mesa, mostrando-se surpreendido por tal. Novo aplauso, pessoas levantam-se para lhe apertar a mão.
Correu bem
- diz o homem que há pouco o tinha chamado para a palestra. O nosso pensionista pergunta-lhe: Quem sou eu? O que faço aqui? O que se passa?. Ó Sr. Doutor, lá está o senhor outra vez na galhofa, saíu-me cá um prato. - é a resposta que ouve. Mandam-no descansar e dão-lhe o jornal para ler. Chegado ao quarto pára em frente ao grande espelho do hall de entrada. A imagem que lhe é devolvida é a de um homem a quem o tempo deixou claramente as suas marcas: rugas, sinais, olheiras, palidez, abatimento. Tudo isto lhe desagrada. Senta-se na poltrona e abre o jornal. Reconhece uma fotografia sua na página cinco. Lê-a com atenção e aprende que se chama Mário Soares e que é candidato à Presidência da República. Mas claro! Agora me lembro! - exclama. Recuperou a memória, lembra-se de tudo, quem é e o que anda a fazer. Deita-se, contente consigo próprio.

O despertador toca às 8:45 da manhã. Acorda assustado. O que faço aqui? Aliás, onde estou? Aliás, quem raio sou eu? - começa tudo de novo...o drama do pensionista.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Estas gajas, estas gajas...

Hoje aprendi mais umas coisas sobre o comportamento das mulheres. Estava eu com o meu belo grupo de amigos - composto (desta vez) pela Catarina, Mafalda e Tweety (nomes fictícios de forma a salvaguardar a privacidade e os interesses dos meus amigos) - no fantástico Bar do Átrio na nossa faculdade, quando começámos a observar uma conversa entre uma rapariga (que supostamente é gira, segundo a Mafalda) e um rapaz que é parecidíssimo ao Tweety, tirando o pormenor do cabelo. Portanto, o par estava animadamente na converseta, de pé, à entrada do bar. Até aqui nada de mal, tudo perfeitamente normal, certo? Pois, mas... ponto um: o rapaz tem namorada; ponto dois: segundo a Mafalda (e depois a Catarina prontamente corroborou a teoria) a rapariga estava a fazer-se descaradamente ao rapaz, e respirava amor e saltavam-lhe corações dos olhos. E agora o leitor pergunta: "sim, e então, porque é que eu estou a perder tempo a ler isto?" e eu respondo que sinceramente não sei, mas que já que está a ler, já agora leia até ao fim. Portanto a catraia estava-se a fazer ao moço, e porquê? Porque ao falar com ele, mexia repetidas vezes nos cabelos, estava sempre com uma cara risonha e com os olhos sempre muito abertos, como se assim o conseguisse ouvir melhor, sempre com muita atenção a tudo o que ele dizia. Estes são, segundo as nossas amigas, os sinais mais evidentes (gritantes mesmo) que uma rapariga está interessadíssima num rapaz. Eu nunca me tinha apercebido de nada disto. Sou o único ou há mais ignorantes a fazerem-me companhia? E depois uma pessoa começa a pensar: "'tão, mas quantas raparigas já não falaram comigo a mexer constantemente no cabelo...estariam todas apaixonadas? Nesse caso fico seriamente preocupado com a quantidade de pessoas com problemas de visão que por aí andam (o chamado 2 em 1: uma laracha misturada com um ataque de modéstia). Ou são pura e simplesmente vaidosas?". Pois é rapaziada, isto levanta toda uma nova onda de questões, logo agora que uma pessoa começa a pensar que já é alguém, que como tem 19 anos, domina um pouco a situação, já entende as mulheres, já não tem dúvidas. Quando pensamos que temos tudo isto...trau...elas arranjam mais alguma coisa para nos pôr a pensar...não é justo! Quantos de vocês já sabiam disto? E vocês, moçoilas que lêm esta lamúria, confirmam a teoria da Mafalda e da Catarina? Há mais alguns indícios evidentes para além dos óbvios? Contem-nos as vossas manhas!

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Confissões Exorcizadas

Seguindo o mote dado pelo excelente e bem organizado blog "Sorrisos aos molhos" (http://sorrisos-aos-molhos.blogspot.com) também eu vou exorcizar algumas coisas que, por vezes temos receio de admitir:

-Não acho piada absolutamente nenhuma ao Woody Allen;
-Acho Madredeus horrível, piroso mesmo;
-Nunca li Guerra e Paz (mas quero ler), nunca li Saramago (só tenho curiosidade acerca d'O Memorial do Convento) nem Gabriel Garcia Marquez;
-Nunca achei graça à série Friends;
-Não vi alguns dos ditos "must" tais como: O Carteiro de Pablo Neruda, O Paciente Inglês, Uma Mente Brilhante, O Pianista, Lawrence na Arábia;
-Detesto Jorge Palma e Sérgio Godinho;
-Não gosto de marisco, choco, lulas, polvo, manga, papaia, kiwi, melão, meloa, laranja, morangos, cerejas, ananás, abacaxi, pêssegos, etc.
-Estou convicto que o Benfica é realmente um bom clube cujos adeptos/simpatizantes são pessoas decentes;
-Acho que não tenho tantos amigos quanto isso, aliás acho que tenho mesmo muito poucos;
-Morro de vergonha de dizer a qualquer pessoa que estou apaixonado por ela, sou pouco confiante no que toca a relações (talvez não pareça) e prefiro sempre as frases indirectas, as trocas de olhares, cumplicidades (etc...) do que dizer um simples e sincero "gosto de ti".
É tudo...ou então não é, mas é um bom apanhado das principais confissões. Senão ficava aqui umas belas horinhas...beijos e abraços!

P.S.: Quem se quiser exorcizar, está à vontade...no fim dá uma sensação...diferente (ou então não dá e isto passa por propaganda enganosa).