quarta-feira, janeiro 21, 2009

Caramelice

Isto é de uma lamechice enorme, mas quando e se um dia casar, quero que seja este senhor a fazer o vídeo do acontecimento.
Atentem bem nesta pequena maravilha. Isto é cinema. E do bom!

terça-feira, janeiro 20, 2009

I wanna remember us just as we are now


Antes de mais, devo referir que venero Francis Scott Fitzgerald. Dele, apenas li O Grande Gatsby e Este Lado do Paraíso. Mas foi o suficiente!
Aliás, Fitzgerald não publicou muitos romances. Sempre deu preferência aos contos, ou short stories. Fez parte uma geração decadente, rica e ociosa que o próprio tão bem relata nos seus livros. A escrita roubava-lhe tempo e isso na altura não podia ser. Ainda assim, é um dos meus escritores favoritos, a par de Dostoievsky, H.G. Wells, Júlio Verne e Saramago. A genialidade destes homens é fora do comum, faz-me sonhar, alhear-me absolutamente do que me rodeia enquanto lhes sorvo as palavras.
O Estranho Caso de Benjamin Button é uma short story de Fitzgerald, tão famosa quanto O Diamante do Tamanho do Ritz e Babilónia Revisitada. Nunca consegui ler nenhuma das short stories deste autor, por desleixo meu e também por ser relativamente díficil de encontrar neste jardim à beira-mar plantado.
A adaptação deste conto a filme sofreu bastantes transformações, mas não necessariamente para pior. Até o espaço temporal da acção foi modificado, decisão que aplaudo. Convenhamos que os tempos que sucederam a publicação do conto foram bem mais profícuos em termos históricos que aqueles em que a acção da obra original decorre (1860-1930).
Até hoje, não conheço nenhum filme que leve a melhor sobre o livro pelo qual foi adaptado. Pelo que percebi, este não foge à regra.
Ainda assim, The Curious Case of Benjamin Button é uma obra-prima rica em ritmo, narrativa e génio. Os silêncios são maravilhosamente geridos, os cenários são um deleite para a vista e as vozes são terrivelmente bem escolhidas. Nunca pensei gostar tanto de ouvir o Brad Pitt narrar um filme. Gostei de tudo, do princípio ao fim. Que sobriedade, que genialidade, que humor, que romance!
Fiquei absolutamente rendido ao filme. Assim que a febre à volta do livro passe e Fitzgerald volte a ser ignorado pelas massas, atacarei certamente este conto. Aliás, neste momento tenho uma forte vontade de me munir de tudo o que é deste senhor.
Em suma caro leitor, aconselho-o vivamente a fechar esta página, fechar as do youtube, hi5, facebook e e-mail, desligar o computador e dirigir-se ao estaminé mais próximo a fim de visionar o dito filme. Mas agasalhe-se, que está frio lá fora! Vá, eu espero aqui por si.
Ide em paz.

P.S.: Antes de ir, vista umas calças e penteie esse cabelo, por amor de deus.

P.P.S: Quando for grande, quero ter tanta pinta como o Brad Pitt. Para as senhoras corarem de vergonha e os senhores de inveja.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Sex and Death 101

Acabei de ver um filme de que gostei particularmente.
Chama-se Sex and Death 101. Basicamente é sobre um tipo que passa uma boa parte do filme a sacar tipas. E tipas giras! Um tipo cheio de charme, giro, sempre sorridente, com uma sorte absurda e que quase nunca se esforça para conseguir algo com alguém.
E gostei, gostei mesmo.
Neste momento os meus amigos estão orgulhosos e felizes. "Boa, este gajo voltou a ser o mesmo". As minhas amigas estão desiludidas. "Não acredito, este gajo voltou a ser o mesmo".
Para gáudio das amigas e desilusão dos amigos: não, não voltei a ser o mesmo. Acho eu.
É que o raio do filme é mesmo bom. Apesar do nome enganar.
Quando o desencantei ali na gaveta (isto porque ia à procura do Vanilla Sky, que afinal não tenho) pensei: "porreiro, é daqueles filmes sobre nada e com muito sexo. É mesmo isto que vou ver, não me apetece pensar". Sim, nós homens temos essa habilidade fantástica que consiste em desligar o cérebro. É absolutamente útil. Aconselho a todos os duplos cromossomas X que tentem emular a coisa por um destes dias.
Puro engano! O filme não é uma obra-prima alucinante que faça o espectador pensar do princípio ao fim. Mas ainda assim, faz-nos pensar... no sentido de algumas coisas.
Eu, que nunca aconselho filmes, aconselho este. Claro que podia ter sido muito mais explorado. Mas a matéria-prima, essa está lá. Pode é não estar ao alcance de todos. É preciso ter perspicácia.
Peço desculpa a quem ficar desiludido. Eu vi-o sem expectativa nenhuma. E... lá está, com o cérebro a meio-gás.
Felicity, tens de ver.
Vou para dentro, que se está a fazer tarde.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Pequenez de quem não deve conhecer o amor

"Pensem duas vezes em casar com um muçulmano"

Sempre vivi bem com a minha condição de ateu. Mas é nestas alturas que vivo ainda melhor.
Que intolerância e ignorância estúpidas.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Pelas mulheres (a ideia, o vídeo é pelo homens)!

Existe a ideia geral de que os homens são básicos. Primários.
E que por muito boas pessoas que sejam, bem como sofisticados, serão sempre homens com instintos primitivos.
Quase todos os homens refutam esta ideia. Muitos lutam para mudá-la.
Mas quer ver como somos básicos, caro leitor?
Aqui vai:




Sim, são a Scarlett Johansson e a Penélope Cruz. A cena é deste filme.
Estreia em Portugal no final do mês.
Os cavalheiros podem fechar a boca.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

O cliché dos balanços anuais

2008 foi um ano carregado para mim.
A nível pessoal tive do melhor e do pior. Sensações díspares capazes de provocar acelerações pouco recomendáveis ao coração. Com as boas vive-se bem, com as más aprende-se a viver.
A nível profissional não me posso queixar. Acabei a licenciatura enquanto estagiava num órgão de informação e no fim do estágio foi-me feita uma proposta para passar a trabalhar. Hoje escrevo estas linhas na qualidade de jornalista, o que me deixa absolutamente orgulhoso. Tenho carteira profissional, recebo um ordenado certo a um determinado período do mês. Tenho apenas vinte e dois anos e uma margem de progressão enorme. Preciso e quero aprender muito sobre a profissão.
2009 será um ano decisivo a nível profissional.
Se continuar onde estou, estabilizo e posso começar a fazer planos a curto e médio prazo. Conseguir a tão ambicionada independência, quer financeira quer moral.
Se por qualquer motivo for convidado a sair, ponderarei uma emigração. Parece-me a melhor altura para o fazer. Entre os vários destinos apetecíveis, Sydney e Nova Iorque são os que mais me seduzem.
Nova Iorque porque quando a visitei não senti vontade de regressar a casa. Não me importava de lá viver, nem que tivesse de trabalhar a servir em mesas de restaurante, como muitos dos que por lá começam a vida.
Sydney porque a Austrália continua em expansão e porque provavelmente poderia manter a minha profissão por lá.
A nível pessoal preciso de me reequilibrar. Perdi uma parte importante de mim, sem a qual estou a (re)aprender a viver. Começo a sentir de novo as coisas. A (re)apreciar a vida como ela é, sem uma razão específica de ser. A permitir que pessoas especiais entrem na minha vida, com ou sem segundas intenções. A sentir toda uma imprevisibilidade. A deixar que as coisas simples da vida me voltem a aquecer sem precisar de estar acompanhado.
Será um ano complicado para todos. A crise veio para ficar e demorará uns anos a passar. Na primeira metade do ano isso será disfarçado devido à proximidade das eleições autárquicas e legislativas. Mas acredito que na segunda metade, as consequências irão realmente notar-se.
Como tal, apenas desejo que 2009 seja suportável para todos e que acabe por ter algo de especial, mas em bom.

Idade

Afinal os meus avós maternos são mais velhos que o que julgava.
Fui passar o dia com uma das manas a casa deles. Entre uma das muitas coisas que fizemos, acabámos por ver um filme em que a Jamie Lee Curtis é a mãe, a Lindsay Lohan é a filha e onde ambas trocam de corpo. A típica palhaçada de sábado à tarde, mas aplicada a uma sexta-feira. Até aqui tudo bem, nada contra.
Mas é aqui que entra em cena a idade dos meus avós. São ambos relativamente novos. Tendo eu 22 anos e eles 68 e 67, estão impecáveis. Mas são antigos. E digo isto porquê? Porque passaram a primeira parte inteira do filme a discutir de onde raio conheciam aquela rapariga do filme.
Eu como aprendi há muito a não me meter nas discussões deles, deixei-me estar sossegado a tentar sobrepor o som e acção do filme às vozes deles (sem grande efeito, assinale-se).
Qual não é o meu espanto quando percebi que não estavam a falar da Linday Lohan, mas da Jamie Lee Curtis. Aí não me contive e disse-lhes que era uma actriz relativamente famosa e que tinha à volta de cinquenta anos, facto que não os impressionou nem ajudou nada. Continuaram a discutir de onde a conheciam (mesmo apesar de eu lhes garantir que seria certamente de um dos muitos filmes em que participou).
Passado uns bons 30 minutos o meu avô solta um grito triunfal e diz: "já sei! É a filha do Tony Curtis e da Janet Leigh!". Perante a minha expressão atónita lá me explicou que eram dois actores muito famosos, que tinham entrado em muitos filmes mas que ele agora não se lembrava quais eram (em casa descobri que a senhora ficou famosa como protagonista do Psycho do Hitchcock e que ele era o típico galã do cinema antigo, tendo contracenado com a Marylin Monroe e desempenhado o papel de Casanova numa qualquer séria homónima). A minha avó anuiu e ficou contente por já saber quem era.
O impressionante é que eles conheciam a Jamie Lee Curtis (que depois confirmei ter realmente 50 redondos anos) como filha do fulano e fulana tal. E eu que nunca os achei velhos vi-me obrigado a reconsiderar. Talvez sejam ligeiramente antigos.
Ninguém conhece os pais da Jamie Lee Curtis.