quarta-feira, novembro 29, 2006

Ice it

Isto acontece comigo e também com um amigo; desde logo deixa de ser uma coincidência e passa a ser uma curiosidade sobre um comportamento que releva demais estupidez.
A história é a seguinte: Certo dia, bonito, solarengo, de muito calor, decidi dar uso à mesada e dirigi-me á banca do ice it, procurando refresco imediato num saboroso gelado.
Já no estabelecimento, fui até a caixa fazer o pedido, que consistia em duas bolas de gelado em copo. Paguei (teve mesmo que ser) e recebi o troco em conjunto com o recibo. Até aqui tudo bem. Contudo, no momento em que me foi entregue a senha, a senhora que me atendeu profere as seguintes palavras: “ Tem que entregar à minha colega”; e colega.... nem vê-la. O curioso é que a senhora dá dois passos para o lado e mostra aquele semblante ansioso, de olhos arregalados, acrescido de uma mão meio estendida, que significa “Dê-me a senha, estou à espera do seu pedido”. Ora espantado fiquei porque não estava mais nenhum cliente no estabelecimento; o que seria a única explicação lógica para a senhora (enquanto senhora da caixa) não poder ficar logo com a senha, mesmo que tivesse que cumprir o procedimento especial de transformação em senhora do balcão.
Quanto a esta situação, tenho a dizer:
-“Deixem de contratar esquizofrénicos!!!”

Esta situação porém do ponto de vista do produtor é bastante engenhosa. Senão reparem. Aparentemente, a direcção/gestão do ice it tinha lá a trabalhar 2 pessoas e, quer-me parecer, não paga dois ordenados. Isto é que é “fazer render o peixe”.
E depois, vem o governo dizer que não consegue arranjar empregos. Pudera! Cada dois postos de trabalho são preenchidos por uma só pessoa. Parece-me que a gestão do ice it incorre, com isto, numa série de ilegalidades que deviam ser reportadas às autoridades competentes. Por isso, aconselho vivamente os emigrantes (sim, os trabalhadores são sempre emigrantes), a queixarem-se talvez à DECO; ou mesmo ao Deco, quem sabe, já que são da mesma nacionalidade.... Há, pois é. Agora já não são. Bem, era só isto.
Tenho dito!

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domingo, novembro 26, 2006

Post Mortem

Ora então boa noite!
Hoje venho partilhar mais uma das imensas coisas que me perturba a psique (vulgo mente): falecimentos e funerais! Tema do catano, hein?
Esta semana morreu um primo p'raí em 57.º grau do meu pai. Ok, coitado do senhor, sofria não sei do quê, foi hospitalizado, não se aguentou e foi desta p'ra melhor (ou não!). A família está chorosa e num momento de dor, é compreensível. Mas eu não, porra!
Não sinto absolutamente nada pela morte do cavalheiro em questão, e ao que consta, há muita gente que também não. Segundo o que sei, nem o nome de cavalheiro o indivíduo merece.
A questão é que tanto o meu pai, como a minha madrasta e até a mãe da minha madrasta (minha avó emprestada, portanto) estão a considerar ir amanhã ao funeral. Portanto, vão ao funeral de uma pessoa com quem não falavam, de quem não gostavam, cuja família não tem quaisquer tipo de relacionamento connosco, mas vão!
Eu que nunca tinha ouvido falar do homem (era conhecido por Zé Albano), durante o dia de hoje fiquei a saber que era uma peste e que passava grande parte dos seus dias a fazer-se a tudo o que era rabo de saias (leia-se elementos do sexo feminino; não se leia escoceses).
Contudo, no funeral de amanhã vão estar uma cambada de hipócritas que se sentiram na obrigação de ir prestar a última homenagem a um gajo que não suportavam! Porquê?
Porque raio as pessoas se sentem obrigadas a ir a eventos fúnebres com os quais não têm qualquer tipo de relação, e quando têm, é sempre negativa? Parece que estou a ver o diálogo num qualquer velório ou funeral:

-"Ah, as minhas condolências, menina Coisa."
-"Obrigada, senhor Coiso, conhecia bem o meu paizinho?"
-"Olhe, não, mas houve uma vez que ele se fez à minha esposa e eu lhe quis dar um par de sopapos, mas a coisa acabou por ficar por aí."
-"Ah, era um malandro, ele! Mas olhe, obrigado por vir, significa muito p'ra mim."
-"Ora essa, que espécie de pessoa era eu se não viesse?"

É isto meus amigos, que se passa um pouco por todas as igrejas e casas mortuárias deste país, bem como nos cemitérios. Pensem nisso...e digam qualquer coisa!


P.S.: É favor reparar no modo em como mais uma vez este vosso amigo (eu, portanto) mais uma vez não acabou um texto à la Pimpinha Jardim, usando as reticências. Podia perfeitamente acabar só com o "Pensem nisso...", mas não! Consegui acrescentar qualquer coisas mais, para bem da nossa querida e estimada Língua Portuguesa.
Note o leitor também, no trato com que mimo o falecido ao longo do texto: começa por "cavalheiro" e vai descambando por aí fora até à pérola "gajo". A minha pessoa é formidável, não é?

quarta-feira, novembro 22, 2006

Mania

Não sei se já alguma vez repararam, mas as mulheres têm todas (ou quase), uma mania muito estúpida de mudarem de penteado.
Dito assim, parece uma coisa normal, mas o que sucede é que essas mudanças de penteado só acontecem em momentos importantes e, além disso, são extremamente radicais. Por exemplo, uma rapariga faz anos e acha que tem que mudar totalmente o seu aspecto e então, toca a esticar o cabelo. Pode parecer que não existe diferença, mas podem ter a certeza que a diferença é muita, como da noite para o dia. Habituamo-nos a ver essa rapariga de cabelo encaracolado durante 364 dias do ano, e de repente ela aparece com o cabelo liso. Ela muito contente, acha que está fantástica, quer ser o centro das atenções, e nós (refiro-me essencialmente aos homens, até porque quando as outras raparigas pensam a mesma coisa que nós, não o dizem) só pensamos: "CARAMBA, QUE FEIO!"
È óbvio que não o podemos dizer, temos que disfarçar, mas também não vamos mentir (gente de princípios) e a solução passa por ignorar tal coisa. O pior acontece quando ela vem super entusiasmada e pergunta directamente a nossa opinião, e acontece algo deste género:
-" o que é que achas?"
Ao que nós respondemos da forma mais evasiva possível:
-" hum... bem... ta... esta diferente."
-"Mas gostas ou não?"
Esta sim, é a pergunta mortífera, não há escapatória. Lá temos que mentir.

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segunda-feira, novembro 20, 2006

Anúncio de televisão

Aqui vai um reclame originalíssimo que passa actualmente nos canais portugueses: "Ucal... é Ucal".

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domingo, novembro 19, 2006

Life at Twenty

Ontem estive numa festa de aniversário de uma amiga.
Coisa privada, amigos de longa data e noite calma. Tudo bem até aqui, mas comecei a reparar que estes meus amigos, nesta fase dos 20 anos, se encontram em duas situações: a) estão numa situação estável, com namorado/namorada há mais de um ano, frequentam a faculdade e têm confiança num bom futuro; b) nunca acabaram o 12.º, andam desesperados à procura de um trabalho qualquer, algumas até já engravidaram e vão casar (ou não).
Resumindo, não há um meio termo. Correcção: há! Sou eu, este simpático escriba cujo cérebro não pára de pensar neste tipo de coisas. Até nem estou mal na vida, estou na faculdade, tenho ambições futuras, and all that stuff. Contudo, uma relação duradoura para mim significa que já chegou aos 3 meses, ao passo que para os meus amigos (estes amigos, tenho alguns que se identificam comigo) se for menos de um ano é só para passar o tempo. Mas gosto deste meio termo, a sério.
Durante a festa em questão, sentei-me a um canto (expressão recorrente, não era mesmo um canto) da sala, certificando-me que tinha a garrafa de Moscatel ao meu alcance, enquanto ao mesmo tempo ia perfumando o espaço com um pouco do meu humor refinado (sim, isso mesmo, refinado!).
Mantendo uma atitude de low-profile dá para saber as últimas de quem já não vemos há muito tempo, inclusive que uma das nossas (ex-)amigas teve uma experiência lésbica na passagem de ano (infelizmente não há fotos nem vídeos, já constatei o facto). Os meus amigos olham para mim com um sentimento de pena misturado com admiração, sendo que a última deve ser causada pelo facto de eu ser um rebelde, que continua tal e qual como estava no secundário. E eu aproveito o facto, faço de rebelde que não se importa com nada e fico ali sem me importar mesmo com nada que não seja o Moscatel, a comida, e aquela morena gira amiga de um amigo de uma amiga que tem estado a olhar para mim. Durante aquelas horitas sou feliz.
É a vida aos vinte anos (dezanove, no meu caso)!


P.S.:
Tudo o que aqui foi escrito é verídico, à excepção de um pequeno segmento de uma única frase. Espero contribuir para o suspense do blog ao não revelar qual (like if you care...).

segunda-feira, novembro 13, 2006

Descriminação

"Olá eu sou a Joana", "Olá eu sou a Rita"....
O que é que o leitor pensa quando lê estas frases? Provavelmente soa a qualquer coisa familiar, não chegam lá?.... Bom, não se preocupem, não são os únicos.
Porém se eu acrescentar " E esta é a Teresinha"... AHA, fez-se luz. Já sabem, de certeza, do que se trata; mesmo que não saibam que é um reclame da netcabo, sabem pelo menos que é o anúncio das raparigas giras que querem é conversa e agora andar por aí a surfar.
Pois é, já vai algum tempo desde que comecei a tomar reparo na discriminação que a Joana e a Rita (presumindo a veracidade dos nomes) sofrem em face da Teresinha. Sempre que falava no anúncio da netcabo, ninguém sabia do que se tratava, mas só até referir o nome da bela (merece que seja dito) Teresinha. O mesmo sucedia sempre que eu perguntava o nome das meninas do anúncio... obtendo a resposta: "hmm... Aquelas 2 e a Teresinha".
Vendo a situação de um ponto de vista da psicologia social, tal fenómeno não passa senão da verdadeira tendência do homem português para preferir as loiras às morenas.
Ora como amante, preferencialmente, das morenas resta-me agradecer à netcabo por ter posto isto em evidência, fazendo com que fiquem cada vez mais morenas descomprometidas... e Joana, não te preocupes que para mim serás sempre a verdadeira menina da netcabo (se algum dia leres isto, procura-me!)
Não acreditam em mim, experimentem com os vossos amigos... e depois não se esqueçam de dizer que eu tinha razão.

PS: Descobri recentemente que os nomes das meninas da netcabo são falsos. Estou sinceramente desiludido. Bah, que chatice pá!

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Revolta dos afias

Pois bem, cá estamos de novo com outro belo post sobre um assunto de interesse generalizado, os afias.
Ora os afias - também conhecidos pelas nossas avós e pelos petizes como apara-lápis - estão em vias de extinção. É mesmo verdade, senão reparem. Se por acaso forem alunos aplicados, como eu, e homens, também como eu, é obvio que não levam um estojo (palavra nostálgica) para a escola. Assumo, no máximo, uma caneta e um lápis. Pois esse lápis, apesar do pouco uso, tende a ficar cada vez mais gasto até chegar ao limite da inutilidade. É então que entram em acção os afias, mas onde é que eles andam?
Certamente agora estão a fazer uma introspecção às vossas memórias, porque, tal como eu, lembram-se, de certeza, de já terem passado por algo semelhante. O que vos vem á cabeça é, obviamente, ir pedir às raparigas; sim porque elas independentemente da idade carregam o belo do estojo colorido e altamente apetrechado para todo o lado. Mas agora chega a diferença. De certeza que na reminiscência pelos pensamentos a historia acabava com um final feliz, nomeadamente para o lápis que ganhava um bico novo (nem tentem!); pois agora acaba tal tragédia Grega, pois o objecto de salvação não estava lá. É verdade, as raparigas cujos estojos contém coisas como ganchos para o cabelo, elásticos, tesouras, cola UHU batom, clipes e até corta unhas; não possuem afias.
Na investigação digna de um episódio de CSI que tive o trabalho de fazer, concluí que nenhum ser em Portugal com mais de 10 anos possui qualquer afia, nem sequer deixa rasto que nos leve a concluir com precisão que alguma vez tenha possuído algum. Esta aparente incoerência mostra-se a mais pura das verdades após nova introspecção pela vossa meninice. Também se lembram que de facto tinham afias quando eram mais pequenos.... Ou será que era tudo produto da vossa imaginação.... Eu recordo-me pelo menos de 3 afias distintos que tiveram em minha posse, mas onde e que eles andam agora??? E os vossos afias, aqueles “especiais de corrida” com várias cores, tamanhos e desenhos? Desafio-o, caro leitor, a procurá-los... Encontrou-os??
Agora num tom mais sério, para terminar, custa-me sinceramente ver mais uma indústria portuguesa a apresentar elevados níveis de insucesso, após um expectante desenvolvimento que apresentou, ou que, pelo menos, me lembro de ter apresentado nos meus áureos tempos de rapazola.
É de facto uma vergonha, que no entanto se pode explicar de forma bastante simples.
A culpa é do governo.

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Bigode

Um dia destes estava eu muito bem a passear pela escola quando me deparei com um indivíduo, vulgo aluno, que apresentava um bigode ou, para ser mais minucioso, um buço já com algum corpo. Tal imagem tão vil que é só de imaginar é, garanto-vos, pior ainda ao vivo.
Pode o leitor pensar que estou a exagerar, até porque ele podia ser estrangeiro, de países como a Colômbia, Venezuela e afins; ou até mesmo de um qualquer país exportador de petróleo. Lamento informar que o jovem é mesmo português e, além disso, não faz remontar as suas origens a qualquer aldeia lá mesmo no norte ou no interior do nosso país.
Excluída qualquer justificação geográfica para a existência do dito bigode, só me ocorre mesmo que o tal jovem seja, de facto, um grandíssimo fã de uma qualquer personagem Mexicana, como por exemplo o Cantinflas (nome pelo qual é jocosamente referido).Ainda que seja essa a verdadeira razão por detrás de tal pilosidade, parece-me seguro afirmar que o jovem desconhece por completo a regra internacional (as excepções foram acima referidas) que estatui que nenhuma pessoa (essencialmente homens) com menos de 40 anos pode usar bigode, sob pena de ser ridicularizado, justamente, pelos seus pares.
Para não dizerem que só critico vou referenciar algumas vantagens do belo do bigode....... bem.... De certeza que há várias..... Já sei, serve para armazenar comida. Háaa bolas, não é bem isso.... Serve para promover a conversa com o barbeiro, visto que é preciso passar por lá mais vezes.... Serve também propósitos estéticos... Pois, parece que também não era bem isto. Rendo-me.
Posto o post parece-me pertinente fazer uma ressalva, da qual resulta que não pretendo aqui criar nenhuma demanda contra as pilosidades faciais. Repito pois que este post não se aplica a homens com mais de 40 e a mulheres com mais de 80. E além disso afirmo, peremptoriamente, que compreendo o uso do bigode quando conjugado com barba, ou mesmo só com a barbicha, procurando-se desta forma o look Dartagnã.
Espero ter promovido o serviço público apelando à vossa consciência sobre os vossos bigodes e, mais importante, espero também ter dado um pequeno empurrão à indústria de máquinas de barbear e gillettes.

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Introdução

Boa noite leitores do “Pura insanidade”.
Venho por este meio dizer que foi com enorme prazer que aceitei o convite do colega Insano para me tornar um colaborador assíduo deste Blog; e é com enorme honra que me junto a este universo de pessoas que todos os dias, ou pelo menos mensalmente, procuram aqui informações despreocupadas, inúteis e irrelevantes sobre os mais variados tópicos da sociedade mundial.
Continuando o discurso de cariz eleitoral está na hora de prometer que vou acabar com a pobreza, com o desemprego... (desculpem entusiasmei-me). Venho, agora a serio, prometer que vou fazer o que estiver ao meu alcance para manter o nível de espirituosidade, sarcasmo, ironia e até humor, a que o Insano vos tem habituado.
Espero que não esperem demasiado de mim e espero, sinceramente, não vos desiludir.

Deixo-vos com uma pequena espreitadela do que, de mim, podem esperar em futuro próximo: Porque será que os personagens dos “Morangos com Açúcar” não conseguem utilizar palavras como “connosco” e “convosco”?

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sexta-feira, novembro 10, 2006

Novo autor

Só para informar que o Pura Insanidade conta, mais uma vez, com um novo colaborador. A partir de agora, o "trabalho" passa a ser feito por dois insanos. O próprio Insano e o Mankiew, possuidor de um currículo invejável no que toca à escrita (ou então é mentira). Assim fica mais fácil ultrapassar os frequentes bloqueios do vosso caro Insano (eia, lá estou eu a falar de mim na terceira pessoa), tal como mais desafiante a nível da escrita. Quem lucra é quem lê (será que ainda há quem leia?). Divirtam-se!