terça-feira, fevereiro 27, 2007

And the Winner is... not Chris Martin!

Anteontem tentei acompanhar os Óscares em directo pela primeira vez na minha vida. Não me saí nada mal, aguentei as primeiras duas horas e meia, até à entrega do Óscar de melhor actriz secundária. Ontem inteirei-me dos restantes vencedores, ou seja, dos prémios realmente importantes.
Não tenho grandes comentários a tecer, (a não ser de que a Ellen DeGeneres esteve muito bem, a meu ver) uma vez que não percebo muito acerca de cinema e que não visionei a maior parte dos filmes que foram nomeados pela Academia.
Contudo gostava de dizer uma coisa:

Viam-se as maminhas da Gwyneth Paltrow com aquele vestido que ela trazia!

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Oscares

Como todos devem saber, ontem foi noite de Óscares e o vosso amigo falhou mais uma tentativa de acompanhar o espectáculo do início ao fim. A luta contra as pesadas pálpebras e contra os cada vez mais morosos bocejos terminou drasticamente no terceiro intervalo proporcionado pela emissão da TVI. Contudo até lá reparei em algumas coisas:

- Gostei da Ellen DeGeneres.

- Gostei da forma como os comentadores portugueses estavam totalmente perdidos na grelha que ditava a ordem de entrega dos Óscares para as várias categorias.

- Gostei do facto dos comentadores portugueses não saberem desligar o microfone e conversarem entre eles para todos ouvirem.

- Gostei da forma como os comentadores portugueses conseguiram falhar todos os palpites que davam sobre quem seria o premiado das várias categorias. A palavra “surpresa” esteve constantemente a saltar da boca deles. (o que a mim mais me surpreende é que ninguém ficou mesmo surpreendido com a atribuição das estatuetas, belos comentadores...)

- Gostei da Cameron Diaz com o cabelo preto.

- Gostei da ênfase que os comentadores portugueses deram ao facto acima referido.

- Reparei que a Abigail Breslin tem a mesma voz e entoação da “Marissa” do “the O.C”

- Não gostei da “afro” do Will Ferrel.

- Gostei da companhia de dança que fazia as formas em estilo de silhueta.

- Adorei aquele grupo vocal que fazia efeitos sonoros, muito muito bom.

- Reparei que os mexicanos vencedores das categorias técnicas mal sabiam falar inglês.

- Mas achei muita piada ao facto de estarem tão nervosos que o papel que tinham nas mãos não parava de tremer.

- Detestei o facto de quase todos os premiados terem mesmo lido os seus agradecimentos. (será assim tão difícil decorar a quem queremos agradecer, até melhor, porque não serem sinceros?)

Do tempo que vi a emissão foram estes alguns dos factos que me saltaram a vista. Sei perfeitamente que são irrelevantes e que nem sequer se referem às entregas das estatuetas, mas quanto a isso nada tenho a dizer.
Se repararam em mais algumas coisas estranhas é favor de acrescentar.

***** e [][][]

domingo, fevereiro 25, 2007

Gémeos

Nesta recta final da faculdade, tive uma aula porreira sobre a procriação medicamente assistida, isto é, barrigas de aluguer e inseminação in vitro. O senhor doutor disse que eram estas técnicas que justificavam aqueles casos que vemos na televisão, onde uma mãe teve um porrada de filhos. Todos da mesma gravidez, significa gémeos.
Este pedaço de informação que não deve ser novidade para ninguém fez-me, contudo, reparar numa curiosidade engraçada,
Não sei se já alguma vez notaram, mas os gémeos nunca nascem em número impar à excepção do número impar três. Melhor explicado, vemos com alguma recorrência o nascimento de 2 pequenotes, 3 pequenotes (trigémeos – a excepção), 4 pequenotes, depois 6 pequenotes, 8 pequenotes...parece-me que mais que isso é abusar da sorte. No entanto não se conhecem histórias de 5 gémeos, nem de 7 gémeos.
É estranho.....

Disto teorizo: “ os gémeos não nascem aos impares”.

sábado, fevereiro 24, 2007

Smokin' Aces



Só estamos em Fevereiro, mas para mim é candidato a melhor do ano!

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

10!

Semanas atarefadas e principalmente desinpiradas desde o fim-de-semana "do aborto"!

Tem sido essa a principal razão pela qual nenhum de nós tem escrito fosse o que fosse. Peço desde já desculpa a todos os eventuais lesados por tal facto (imensos, tenho noção).

O facto é que a semana pós referendo nacional foi rica em opiniões e escritos vários, análises e coisas assim. Como tal, é melhor deixar os crânios da população pensarem, opinarem, deixar a tinta correr, secar, meter um pouco de futebol pelo meio para nos certificarmos que o povo esquece o referendo e aí sim, voltar a escrever (sim, tem mesmo de ser, peço desculpa). Portanto, mãos à obra:

Há uns dias estava a discutir com um amigo acerca dos atributos físico-estéticos de uma pessoa do sexo oposto (gostamos de pensar que assim é, se bem que a ciência hoje em dia produz milagres). Como tal, houve necessidade de - após aturada observação e análise aos ditos atributos – recorrer à conhecida escala masculina. Para quem ainda não está familiarizado com este elemento de avaliação universalmente conhecido, passo a explicar: a escala masculina compreende valores quantitativos num intervalo de 1 a 10, sendo que 1 equivale a qualquer coisa como a Linda Reis a dançar enquanto encarna a Pomba Gira e 10 equivale a uma Adriana Karembeu, Scarlett Johansson, Kate Beckinsale ou Catherine Zeta-jones (a minha favorita, enquanto não for cinquentona) nesta reprodução de uma fotografia nesta cena (peço desculpa, não consegui na língua original, mas basta desligar o som), nesta e nesta respectivamente (tenho consciência que incluir Linda Reis e as referidas musas na mesma frase pode constituir crime contra a Humanidade, mas tive a decência de recompensar os elementos do sexo masculino com os links das meninas e das cenas. Quanto às meninas, sei que não se sentiram ofendidas pela blasfémia deste vosso escriba.).

Fácil, não é? De referir apenas que a única pessoa possuidora de duplos cromossomas Y que não entra nesta escala é Odete Santos, minha querida ex-conterrânea e militante desse refúgio que dá pelo nome de CDU, por não reunir as condições mínimas obrigatórias (possuir os tais dois cromossomas Y, nenhum X e ser portadora de pelo menos um pingo de feminilidade).

Com este método não fica mais fácil ao homem analisar o sexo oposto, visto que felizmente os gostos e atracções de cada um variam imenso, mas pelo menos exprimimo-nos todos na mesma unidade e podemos fazer pouco uns dos outros mais facilmente:



-“ Eh pá, a tua colega é gira, um verdadeiro 6.”.

-“ ’Tás parvo? Se visses a minha gerente de conta até te passavas, a esta não dou mais de 4. És cá um cromo, tu! Agora dar 6 á Alexandra... vá, vamos mas é beber café, p’ra ver se ficas melhor!”.



(Sim, cara leitora, uma considerável parte das nossas conversas baseia-se a isto, podendo ou não meter palavrões e futebol pelo meio, consoante os intervenientes e as ocasiões.)

O génio que inventou isto merecia um Nobel. Um qualquer, tanto faz. Isso e uma estátua por serviçoes prestados à Humanidade.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Post-Mortem sobre o Referendo Nacional 2007

No que diz respeito ao Referendo Nacional, dou por terminado o assunto, na medida em que um povo passa anos a proferir injúrias contras os políticos em geral e contra o sistema e, quando tem oportunidade de expressar a sua opinião acerca de um assunto relevante para a grande maioria da população, mais de 43 por cento da mesma prescinde de o fazer. É triste quando um pouco por todo o território nacional (menos neste blog, excepção feita aos autores e a um leitor) este assunto é debatido apaixonadamente sem que quem o debata se desloque às mesas de voto e exprima de uma vez por todas o que lhe vai na alma.
É o país que temos! Ou melhor, é a mentalidade que temos. Se é certo que rejubilo com o empenho da nova (minha) geração nesta questão (pelo menos na teoria, no debate, não quer dizer que tenham passado à prática e ido votar), também é com imensa tristeza que constato a taxa de abstenção.
Assim, contente pela vitória do Sim, fico a aguardar no que isto vai dar.
Sim, porque estamos muito longe de ter alguma coisa feita. Para além da vitória na AR (em princípio está no papo), necessita-se igualmente da criação de medidas legislativas acerca da despenalização da prática da interrupção voluntária da gravidez. E essas ainda vão dar muito que falar...saudações!

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Referendo

O assunto é sério e altamente debatido na actualidade deste jardim à beira-mar plantado. É certo que temos por hábito brincar (ou fazer pouco de, ou não encarar de forma séria) com tudo o que nos apeteça. Contudo, em princípio não brincaremos com este. Vamos até mais longe e pela primeira vez neste blog vamos tentar emitir opiniões sérias acerca de alguma coisa (não que as nossas opiniões interessem a alguém, mas resolvemos emiti-las na mesma).
Assim sendo, os autores do Pura Insanidade decidimos escrever um post sobre o que pensamos acerca da possível despenalização do aborto. Salvaguardamos desde já que é apenas a opinião de dois putos que julgam que sabem alguma coisa e que gostam de opinar um pouco sobre tudo. Ou seja, comente, mas não nos insulte em demasia (um ou dois impropérios devem bastar, obrigado), qualquer que seja a sua opinião.

Insano

Veredicto: A favor da despenalização da lei do aborto, com algumas salvaguardas.

É isso mesmo, sou da convicção que a lei do aborto deveria ser revista e/ou despenalizada (pormenores jurídicos é com o Mk). Porquê? Vou tentar ser conciso.
É um dado adquirido que todos cometemos erros na vida - uns mais, outros menos, uns maiores, outros menores - e que a maioria de nós tem de lidar com eles de maneira a aprendermos qualquer coisa mais. Também é verdade que na dita civilização ocidental a informação só não é apreendida por quem não quer e que existe toda uma panóplia de métodos anticontraceptivos. Desta forma, todos nós deveríamos proteger-nos antes e durante uma relação sexual, não só de forma a evitar futuros rebentos como também p'ra nos salvaguardarmos a nós próprios.
Tudo bem, esta é a racionalização dos factos que temos à nossa disposição. Contudo também todos sabemos que num momento em que o desejo seja praticamente incontrolável raramente a razão tem lugar a opinião e que na ausência de métodos anticontraceptivos grande parte da população não pára o que começou nem sei em busca dos ditos cujos. Isto não serve de desculpa, bem sei. Mas vamos supor o seguinte caso: fulano x conhece fulana y, há clara empatia entre os dois, troca de olhares, a líbido dispara. Os dois satisfazem o desejo que nutriam. Porém, era apenas isso, desejo, uma semana depois já não se suportam. E na primeira noite foi au naturelle, tal era o ímpeto. Se são dois seres completamente irresponsáveis? Sem dúvida!
Ainda assim há o risco de os dois contraírem doenças e de ela poder engravidar. Imaginemos mesmo que ela engravida. Imaginemos também que ela tem 18 anos e um futuro promissor na faculdade e ela é aluna de dezassetes na faculdade. Ah, e que os pais de ambos pertencem à classe média baixa deste maravilho país (todos sabemos o que isso significa, penso). Agora pergunto-me se vale a pena vir mais uma pessoa ao mundo destinada a sofrer? A não ter a atenção, conforto, condições e tratamento que todos os seres humanos no início das suas vidas merecem. Será que devemos acarretar este erro até ao fim das nossas vidas? Tornar a nossa vida e a de quem nos rodeia num inferno? Comprometer as carreiras de dois indivíduos de enorme potencial, que poderiam acrescentar algo mais à sociedade?
Resumindo, sou da opinião que cada caso é um caso e que o aborto deveria ser legalizado, ao mesmo tempo que seria criado um comité de avaliação dos casos, que funcionasse como nada funciona neste país: depressa e bem (aqui reside o complicado da matéria). E que só seria permitido a cada pessoa fazer no máximo um aborto. Com o sofrimento que o processo envolve, aprende-se uma lição de vida e em princípio não se volta a cometer o mesmo erro. Deveriam inclusive ser criadas políticas de incentivo a quem nunca abortou e/ou optou por ter a criança. Deveriam inclusive ser criadas gabinetes de apoio e aconselhamento, visto que quem passa por isso raramente está na posse da razão a 100%. Concordo também com o prazo das 10 semanas, na medida em que está provado cientificamente (os fanáticos que o comprovem e que investiguem) que ainda se trata de um feto e que o mesmo ainda não sofre.
Concordo ainda, e em parte, com o prof. Marcelo Rebelo de Sousa, na sua abordagem à liberalização do aborto (procurar no Google e YouTube por "Assim não"). Se se legalizar o aborto sem serem criadas regras, estou mesmo a ver o tuga a fazer aborto a torto e a direito. Ela: "olha, já não tomo a pílula há um mês e acabaram-se os preservativos cá em casa, tens alguns?". Ele: "Não, esqueci-me de comprar mais. Oh, mas anda lá querida, doenças sabemos que não temos (já fizemos os testes). Se acontecer alguma coisa aborta-se logo no início". Não me parece que seja algo improvável de suceder.
Bem sei que é uma abordagem bastante superficial nesta matéria e que o assunto dá pano para mangas, mas não espere demasiado de mim leitor, afinal de contas não passo de um pateta alegre com alguma opinião. Além disso é vez de dar "voz" ao Mk.


Mk

Veredicto: Também a favor da lei de despenalização do aborto, mas sem as restrições.

Este referendo surge, na minha opinião, em segundo plano como uma atribuição de responsabilidade aos portugueses, alias, às portuguesas. O que significa que fica a cargo do melhor discernimento de cada uma pesar os prós e contras da sua situação de vida e se esta implica mesmo a necessidade de abortar. Penso que o aborto deve ser visto, por mais mecânico e sem sentimentos que possa parecer, como um último recurso face aos azares da vida. O aborto nunca deve ser visto como uma medida de contracepção. Embora muitas criticas sejam feitas á mentalidade dos portugueses não me parece que o cenário do uso e abuso do aborto seja minimamente provável, embora possa acontecer. A excepção faz a regra. Daí que a limitação dos abortos a um por mulher me pareça uma restrição muito estranha. Imagine-se uma situação em que o tal azar acontece, o momento de loucura aliado à irresponsabilidade resulta em 9 meses de gestação. Face ás condições não favorável aborta-se e depois, mais tarde, a mulher é violada. Já não pode abortar... o que acontece nesses casos...
O mesmo sucede se o percentil minimalista da contracepção decide fazer das suas e falha mesmo. Já não pode ser feita a crítica da responsabilidade, ou da falta da mesma, neste caso é mesmo o azar que se impõe.
A questão não pode ser vista dessa forma pelo que já disse o cenário do aborto repetido não é uma realidade. Sem mais argumentos, basta pensar que o aborto por mais seguro e estudado (medicamente falando) que esteja, não deixa de ser uma operação, um procedimento cirúrgico que presumo não ser nada agradável para a mulher. É tão mais fácil comprar o preservativo ou tomar a pílula.
Passando agora à posição político-júridica da questão; o Sim defende mais que tudo a democracia. Senão reparem, a proibição do aborto torna a prática do mesmo vedada a qualquer que o queira fazer (exceptuando os casos já consagrados na lei), no entanto a legalização do mesmo não obriga ninguém a abortar. A despenalização do aborto não é uma imposição, como é retratada por alguns grupos obviamente defensores do Não, é antes uma escolha. Os argumentos que passam na televisão com senhoras a gritar para as câmaras “Eu era incapaz de abortar”, “Antes morrer que fazer um aborto”, não deixam de me surpreender e fazem-me questionar se realmente elas percebem o que está em jogo. Se elas não querem abortar, não o façam, ninguém as obriga, o que é ainda melhor, mais dinheiro se poupa.
Em relação a questão de estarmos perante uma vida ou se ainda não é nada e quando é que começa a ser, não me vou pronunciar, porque já está mais que debatido e é um daqueles pontos que passa sempre por uma apreciação pessoal de cada pessoa. Contudo acho que deve ser imposto o mínimo de humanidade nesta liberalização e devem ser estabelecidos prazos; o insano diz que são as 10 semanas, confio.
O argumento, único mesmo, que me deixa sem resposta é o de cariz económico; e este aplica-se especialmente ao caso português. As operações estão atrasadas não sei quantos meses, não há condições, não há médicos, quem vai fazer os abortos e onde? O que vai acontecer aos outros doentes, visto o aborto ser um procedimento com muita urgência? São de facto questões com as quais me vejo a braços e questões que ainda não vi serem respondidas por ninguém. O governo pegou no caso da pior maneira possível ao dizer que se a lei for aprovada existe uma verba já prevista para a construção de estabelecimentos próprios à prática do aborto e para o pagamento de tudo o que isso implica, médicos, enfermeiras e tudo mais. Obvio que a critica não tardou e voltamos ao mesmo, porque é que essa verba não é utilizada para, por exemplo, desenvolver as maternidades que não param de encerrar por falta de condições.
Dou mesmo o braço a torcer e aceito esta crítica. No entanto em vista de uma bem maior, uma necessidade é preciso que se façam alguns sacrifícios, é esta a minha posição, considero a despenalização do aborto uma coisa fundamental. Sei que não é a maneira mais correcta de ver a questão mas é a única possível, ou a que faz mais sentido face ao cenário que nos é apresentado.
Em vista sociológica subscrevo o que o insano disse. Porque razão deve uma mãe ser obrigada a acolher uma criança quando não sente por ela qualquer tipo de sentimento, especialmente aqueles de conotação positiva, carinho, amor; quando não tem quaisquer condições económicas para lhe proporcionar qualquer tipo de futuro? Não faz qualquer sentido. Nem é uma questão do que ela, como mãe e como jovem possa perder da vida (sem dúvida importante, a questão vai mais além), estou a falar do ponto de vista da criança. O que é que ela vem fazer ao mundo, ser mal tratada, passar fome, crescer num ambiente igual ao da sua família cujos exemplos vão resultar numa gravidez própria aos 16 anos. Torna-se um círculo vicioso que tem uma solução bastante simples. Sobre esta perspectiva aconselho a leitura do livro “freakonomics”.
Vou ouvindo em contraposição o argumento que se não querem ou não têm condições de criar os filhos, os devem deixar nas instituições sociais para que possam ser adoptados. Especialmente porque a adopção funciona de forma eficientíssima no nosso país; a celeridade do processo é nula, muitas famílias de adopção não são bem o que parecem, se as crianças tiverem o azar de não serem escolhidas pelas famílias de adopção tem o risonho futuro de pertencerem a instituições, como por exemplo a “Casa Pia”. Julgo não ser necessário desenvolver este último ponto.
Até aqui parece ser a opinião generalizada das pessoas, pelo menos daquelas a favor da despenalização do aborto. Eu gosto de, provavelmente exagerar, e ver a questão também do ponto de vista do homem. Ele não tem qualquer voto na matéria. Se por acaso a mulher, entenda-se namorada, na maioria dos casos, engravidar e ele quiser o filho e ela não, temos pena mas o aborto mantém-se. O mesmo já não sucede ao contrário. Se a mulher quer o filho e o homem não, temos pena mas tens que assumir as tuas responsabilidades e pagar as pensões devidas.
Estou em plena consciência que o corpo é da mulher e que portanto até, do ponto de vista jurídico, é impossível que se obrigue a mesma a prosseguir uma gravidez contra a sua vontade, vai contra o principio do livre desenvolvimento pessoal. Ainda assim a questão não deixa de me fazer confusão, porque me parece deveras injusta. Não tenho porém qualquer solução que se mostre minimamente aceitável. È mais um desabafo que outra coisa.


Ps: Aos partidários do Não, dou uma pequena alegria, um voto a menos a favor da despenalização do aborto, o meu, devido a burocracias e complicações ligadas ao recenseamento.
São estas as nossas opiniões sobre o assunto, tendo já o insano feito a ressalva, feitas de um ponto de vista puramente social (conversa de café) sem quaisquer recursos técnicos ou científicos. Não esperamos compreensão absoluta, nem sequer somos ingénuos ao ponto de acreditar que vamos mudar a ideologia de alguém, apenas decidimos fazer uma tomada de posição e possivelmente incitar a discussão.