domingo, janeiro 21, 2007

É p'ra cortar, s.f.f.!

Boa noite, caro leitor! Espero sinceramente que este texto o venha a encontrar de boa saúde (isto, em linguajar técnico, específico e próprio da gíria da escrita, denomina-se por "encher chouriços").
No fim da semana passada fui cortar o cabelo - finalmente desisti desta demanda de tentar parecer jeitoso de cabelo comprido - e, como tal fui ao cabeleireiro.
Ora eu tenho uma relação péssima com cabeleireiros/barbeiros, na medida em que detesto fazer conversa com pessoas que acabei de conhecer naquele momento. O que me interessa é que me cortem o cabelo da melhor maneira possível, no menor espaço de tempo. Assim sendo, tenho o hábito de não ser habitué (esta é brilhante, hein?) de nenhum cabeleireiro ou barbeiro em especial, entrando neste e naquele sempre que preciso.
Portanto, entro no cabeleireiro (de seu nome, Corte Curto, que convenientemente se situa mesmo onde eu apanho o comboio), aguardo 10 minutos, lavam-me o cabelo e tal e coiso. Chega a altura de cortar o dito cujo. Tem lugar o seguinte diálogo:

Cabeleireira: "Então, como é que quer cortar?".
Eu: "Ah, bem curto, se faz favor, assim estilo máquina 4".
Cabeleireira: "A sério? Tem a certeza?" - como se algum cliente após ser interrogado desta forma dissesse "ah, agora que fala nisso, realmente não. Mudei de ideias, afinal já não quero, vou-me mas é embora, deixe estar. Obrigadinho, sim?"
Eu: "Pois...estou um pouco farto de o ter comprido" (o cabelo, bem entendido)
Cabeleireira: "Ah, não pode ser, desculpe lá mas não pode ser! Ó Não-sei-quantas, estás a ouvir isto? Quer mesmo curto? Máquina quê?
Eu: "Hum...máquina 4 deve dar, se fizer favor"
Cabeleireira: "Ah, que horror! Olhe, fazemos assim, eu corto curto, mas corto à minha maneira. Vai ver que vai gostar, confie em mim"


Pausa p'ra reflexão. Porque raio é que as cabeleireiras nunca fazem o que lhes pedimos? Porque é que têm de fazer sempre à sua maneira? O que aconteceu à velha máxima d' O cliente tem sempre razão? Será que durante a formaçao p'ra cabeleireiro/a o/a aluno/a aprende a ignorar os pedidos dos clientes e a fazer pura e simplesmente o que lhe der na cabeça?
Resumindo, a senhora lá me cortou o cabelo como quis e até nem ficou mal. Mas não ficou exactamente como eu queria. Aliás, nunca fica, pois não? Porque é que quando vamos cortar o cabelo, saímos de lá sempre desiludidos? Nunca fica como queríamos! Mas é que nunca mesmo!
Em jeito de conclusão sobre este assunto (fraquinho, por sinal), resta-me dizer que fiquei com o cabelo bem curto e que agora há gente que passa por mim e não me conhece (derivado de eu antes ter o cabelo assim p'ro compridote), o que dá imenso jeito.
Uma boa semana p'ra todos.

5 comentários:

N disse...

O cabelo cresce, podes confiar ;)

Mk disse...

ja sabes que não se pode esperar grande coisa do cabeleireiro. Eu quando não corto sozinho em casa à maquina chego ao dito salão (bela palavra) e quando questionado sobre a maneira como vai ser, apenas digo curto. Ao que se segue a pergunta do "curto como?". Ao que insisto: "Curto! eu podia explicar como realmente imaginava que o meu cabelo ia ficar mas não vale a pena porque já sei que não vai ficar minimamente parecido e vou xorar muito". Não digo realmente isto, mas penso. [] tou a espera de te ver para me rir... MUITO!

Anónimo disse...

eu por causa dessas coisas vou sempre ao mesmo cabeleireiro, que felizmente não e muito dado a conversas, e já sabe como eu gosto do meu cabelo, é o que faz nao mudar o penteado à mais de 10 anos. Já somos dois à espera pa ver esse famoso corte... mas eu prometo conter o riso.
abraço

Anónimo disse...

Já há muitos dias que não ria tanto.
Quando no mail disseste ter cortado o cabelo imaginei ter havido algo parecido e afinal não errei.
Só falta ver como ficou. Beijos pela tua coragem, pelo menos sei que andarás penteado por uns tempitos.
Mae

João disse...

eu tenho a solução ideal...há um barbeiro mudo nas ilhas...