quarta-feira, janeiro 19, 2005

Apelo Consciencializador

Meus amigos, cada vez há menos agua meus amigos. Em quantos paises africanos escasseia a agua? Quantos pretos têm de mamar no proprio mijo espesso, amarelo para não desidratar? Quantos deles não conseguem descobrir o zé, em tanta camada de sebo oleoso que se forma, devido as minimas condições de higiene púbica? Pois, mas bem sabem os meus amigos que a vós isto não vos diz nada. Uma pequena amostra desta frustração higiénica é quando nos acontece aquele típico episódio demolidor. Meus amigos, e repito, meus amigos, quantos de nós já fomos surpreendidos por uma abrutpa falta de agua enquanto esfregávamos o pepino ( e restante salada ), no nosso pacato duche diário? E quando aconteceu, qual a nossa reacção? Pois bem...preto sofre. Mas não desanimem meus amigos, pois já ouve gente visionária que tentou mudar este paradigma, antes da greenpiça, antes dos ambientalistas, e essa gente era portuguesa, um deles, o colosso desse pequenos grupo escusa de apresentações: bom homem, e consciencializado para o problema do h2o. Em seus escritos definiu para, como e em que quantidades se deve utilizar a agua:

A Água
Meus senhores eu sou a água
que lava a cara,
que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.
Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete q
ue lava o chibo mesmo da rasca
tira o cheiro a bacalhau da lasca
que bebe o homem
que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão
Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho
Meus senhores aqui está a água
que rega as rosas e os manjericos
que lava o bidé, lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber às fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche.


Bocage...
já agora, vale a pena pensar nisto.

1 comentário:

p disse...

AHAHAHHA sempre adorei o Bocage, seja como poeta pré-romântico (totalmente o oposto disto!), seja assim, como poeta humorista? ordinário? cómico? certeiro? sei lá! Mas Bocage é Bocage! Grande Zé Maria =P *